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Última superlua de 2025 ilumina o céu nesta quinta-feira

Última superlua de 2025 ilumina o céu nesta quinta-feira

crédito: Minervino Júnior/CB/D.A.Press

A noite desta quinta-feira (4/12) reserva um dos últimos grandes espetáculos astronômicos de 2025. A última superlua do ano ilumina o céu em todo o Brasil, exibindo um brilho mais intenso e um tamanho ainda maior, sem a necessidade de qualquer equipamento especial para visualização, apenas que o clima colabore.

O fenômeno ocorre quando a Lua cheia coincide com o perigeu, ponto de maior aproximação do satélite natural com a Terra. Nessa condição, a lua pode parecer até 14% maior e até 30% mais brilhante que o normal. Desta vez, ela estará cerca de 27,3 mil quilômetros mais próxima do planeta. O ápice está previsto para as 20h13, no horário de Brasília.

Para quem quiser acompanhar, a dica é olhar para o horizonte leste logo após o pôr do sol. Em São Paulo, o nascer da Lua deve acontecer por volta das 18h43. Já no Rio de Janeiro, às 18h27. Com o satélite ainda baixo no céu, o chamado “efeito de ilusão lunar” pode reforçar a sensação de que ele está maior, uma percepção ainda sem explicação científica.

Além do tamanho, a superlua deve surgir com um tom amarelado. Isso ocorre porque, próxima ao horizonte, a luz refletida precisa atravessar uma distância maior na atmosfera, dispersando as ondas azuis e deixando visíveis as mais avermelhadas. Conforme a Lua sobe, o brilho tende a ficar mais claro e azulado.

O que é uma superlua?

Apesar da popularidade do termo “superlua”, a classificação não possui base científica formal. Criado em 1970 pelo astrólogo Richard Nolle, a expressão variou de definição ao longo do tempo e não é reconhecida oficialmente pela União Astronômica Internacional.

Segundo a astrônoma Josina Nascimento, do Observatório Nacional, a superlua nada mais é do que uma lua cheia que ocorre próxima ao perigeu, algo que pode acontecer várias vezes ao longo do ano, dependendo da órbita elíptica da Lua.

Já o astrônomo Gabriel Hickel, da Universidade Federal de Itajubá (UNIFEI), lembra que a diferença de tamanho e brilho entre uma lua cheia comum e uma superlua não é tão evidente a olho nu, já que não é possível compará-las simultaneamente no céu.

A última vez que o fenômeno ocorreu foi em 5 de novembro. Nesta quinta-feira, o público terá a última oportunidade do ano para acompanhar a superlua.

Por: Correio Braziliense

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