O Acre aparece entre os estados brasileiros com maior concentração de trabalhadores recebendo até R$ 5 mil por mês, faixa de renda que, segundo nova lei sancionada pelo presidente Lula, se tornou isenta do Imposto de Renda (IR).
De acordo com análise do Brasil em Mapas, baseada na PNAD Contínua de 2025, 90% da população ocupada do estado vive dentro desse intervalo, percentual que coloca o Acre no grupo de maior vulnerabilidade de renda do país.
O índice acreano é um dos mais altos do Brasil, ficando atrás apenas de Maranhão (94,8%), Piauí (93,2%), Ceará (93,1%) e Amazonas (90,7%). Na prática, isso significa que 9 em cada 10 trabalhadores do Acre ganham menos de R$ 5 mil, reforçando a predominância de empregos de baixa remuneração e forte concentração de renda nas faixas inferiores.
O levantamento também evidencia disparidades claras entre regiões do país. Enquanto o Norte registra média de 85% da população com renda até R$ 5 mil, estados do Sul e Sudeste apresentam proporções bem menores, casos de São Paulo (67,5%), Santa Catarina (68,2%) e Rio de Janeiro (69,8%). O Distrito Federal aparece como ponto fora da curva, com apenas 48% da população nessa faixa, reflexo da forte presença do funcionalismo público de alta remuneração.






