O Acre encerrou outubro com saldo negativo de 172 postos formais de trabalho, resultado de 4,2 mil admissões contra 4.372 desligamentos, segundo análise da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Acre (Fecomércio-AC) com base nos dados do Novo Caged divulgados pelo Ministério do Trabalho e Emprego. O desempenho contrasta com setembro, quando o estado havia registrado saldo positivo de 818 vagas.
Enquanto o Brasil fechou o mês com 85.147 novos postos formais, impulsionado principalmente pelo setor de serviços, o Acre teve queda generalizada nas atividades econômicas. A única exceção foi a construção civil, que abriu 65 novas vagas, influenciada pelo volume de obras públicas em execução no estado.
O setor de serviços liderou as perdas, com -104 vagas, seguido pela indústria (-88), agricultura (-23) e comércio (-22). Rio Branco concentrou tanto o maior número de admissões (2.962) quanto o maior volume de demissões (3.066), o que manteve o saldo negativo. Cruzeiro do Sul teve retração de cinco vagas, enquanto alguns municípios menores se destacaram com desempenho positivo: Bujari (+56), Brasiléia (+17), Feijó (+13), Assis Brasil (+8), Porto Acre (+7) e Porto Walter (+2).
Segundo o assessor da presidência da Fecomércio-AC, Egídio Garó, o resultado reflete “a retração observada nas diversas atividades econômicas, a desconfiança com o momento atual, a SELIC elevada, a redução do crédito e o endividamento do cidadão”.
Apesar disso, Garó avalia que o cenário pode melhorar. “Com as festividades de fim de ano e a expectativa de queda da taxa básica de juros, espera-se que 2026 apresente crescimento no emprego formal em todo o estado”, finalizou.






