O Acre registrou 50 casos de HIV em gestantes entre 2023 e 2025, segundo dados epidemiológicos do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan), divulgados pela Secretaria de Estado de Saúde do Acre (Sesacre). Embora o número acumulado chame atenção, o estado apresenta uma queda consistente ano a ano: foram 23 casos em 2023, 14 em 2024 e 13 em 2025.
Além da redução entre gestantes, o levantamento aponta que o estado também registrou diminuição no total de casos de HIV em adultos em 2025, após um aumento no ano anterior. A estimativa aponta cerca de 317 casos em 2023, 354 em 2024 e queda para 283 em 2025. Em todos os anos, aproximadamente 70% dos diagnósticos foram em homens, padrão que acompanha o cenário nacional.
Os dados também mostram como a detecção entre gestantes se comportou mês a mês. Em 2025, por exemplo, Rio Branco concentrou a maior parte dos registros — 9 dos 13 casos — seguida de Jordão (2), Brasileia (1) e Sena Madureira (1).
Como a transmissão pode ocorrer em gestantes?
Durante a gravidez: Ocorre quando o vírus passa da mãe para o feto através da placenta; já durante o parto, o risco é maior, sobretudo em situações como a rotura prolongada da bolsa amniótica (mais de 4 horas); procedimentos invasivos, como amniocentese (que coleta uma pequena amostra do líquido amniótico que envolve o feto para análise), episiotomia (um corte cirúrgico no períneorealizado durante o parto normal para ampliar a abertura vaginal e facilitar a passagem do bebê) e uso de fórceps (instrumentos de duas partes usadas em medicina obstétrica para auxiliar na saída do bebê durante o parto vaginal e em odontologia para extrair dentes).
Durante a amamentação, o HIV pode ser transmitido pelo leite materno. A amamentação é contraindicada para mães vivendo com HIV, mas é fundamental que elas mantenham as medidas de prevenção nesse período.