O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revelou, em pesquisa divulgada neste mês, que o Acre possui 68.370 pessoas vivendo em áreas classificadas como favelas. O número representa 15,7% do total de moradores de áreas urbanas no estado (433,5 mil).
Para o IBGE, favelas são áreas populares que nascem da procura por moradia diante da ausência de políticas públicas habitacionais. Essas localidade são caracterizadas pela organização dos próprios moradores. Para ser considerado favela, um local precisa possuir pelo menos dois dos seguintes problemas:
– Residências cujos moradores não possuem posse legal do terreno;
– Falta ou oferta insuficiente de iluminação pública, abastecimento de água, esgoto, drenagem e coleta de lixo;
– Construções e ruas que são feitas pelos próprios moradores, sem planejamento pelo poder público;
– Localização em áreas de risco ambiental, como encostas e margens de rios.
Em números absolutos, o Acre tem a terceira menor população favelada da região Norte, à frente apenas de Roraima (15,7 mil) e Tocantins (41,8 mil).
Proporcionalmente, os acreanos também ocupam a terceira posição de menor percentual de moradores de favelas, com o já citados 15,7%, atrás apenas Tocantins (7,4%) e Roraima (4%). Lideram a lista o Amazonas (48,6%) e o Pará (34,6%).
Até 2024, o IBGE usava o termo “aglomerados subnormais” para se referir ao que hoje chama de “favela”. A mudança atendeu a pedidos sociais e buscou, ainda, o uso de uma palavra mais acessível e adequada para esses territórios.








