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Cheia do Rio Acre já atinge cerca de 20 mil pessoas em Rio Branco, aponta Defesa Civil

Cheia do Rio Acre já atinge cerca de 20 mil pessoas em Rio Branco, aponta Defesa Civil

Foto: Walcimar Júnior

A elevação do nível do Rio Acre e de seus igarapés já afeta diretamente cerca de 20 mil pessoas em Rio Branco, de acordo com dados da Defesa Civil Municipal divulgados nesta segunda-feira, 29. O número representa aproximadamente 5 mil famílias atingidas, sendo 4 mil na zona urbana e mais de mil na zona rural, em um cenário considerado crítico pelas autoridades municipais.

Ainda na manhã desta segunda-feira, 29, a Prefeitura de Rio Branco decretou situação de emergência em razão da elevação do nível do Rio Acre e de seus igarapés, que já provoca impactos diretos em diversos bairros da capital acreana.

O coordenador da Defesa Civil Municipal, tenente-coronel Cláudio Falcão, destacou que a dimensão do impacto exige uma mobilização permanente do poder público. “Nós já estamos alcançando um universo de cerca de cinco mil famílias atingidas, o que pode chegar a aproximadamente 20 mil pessoas. É um número muito elevado e que exige resposta rápida, contínua e organizada do município”, afirmou.

Segundo Falcão, as equipes atuam desde a madrugada de sexta-feira na remoção de moradores das áreas mais vulneráveis. “Nós estamos fazendo retirada de pessoas, abrindo abrigos, levando essas famílias diretamente para os locais de acolhimento e entregando para a assistência social, que faz o acolhimento e gerencia os abrigos sob a coordenação da Defesa Civil”, explicou.

Cheia do Rio Acre já atinge cerca de 20 mil pessoas em Rio Branco, aponta Defesa Civil
Tenente-coronel Cláudio Falcão, coordenador da Defesa Civil Municipal. Foto: Ana Julian/Secom

O prefeito de Rio Branco, Tião Bocalom, ressaltou que a prioridade absoluta da gestão é preservar vidas e garantir atendimento imediato às famílias afetadas. “As pessoas que estão perdendo tudo não podem esperar. Quem precisa de ajuda precisa agora, não daqui a duas semanas. É por isso que a Prefeitura atua com recursos próprios e estrutura preparada para atender no momento da necessidade”, declarou.

Bocalom também destacou que o município vem ampliando a estrutura de acolhimento para evitar a superlotação dos espaços existentes. “Nós estamos organizando novos abrigos para receber essas famílias com dignidade, com cuidado e com respeito. Esse é o nosso compromisso em um momento tão difícil como esse”, completou o prefeito.

Além da área urbana, comunidades rurais também enfrentam sérias dificuldades. De acordo com a Defesa Civil, pelo menos cinco comunidades estão isoladas, o que exige o envio de embarcações para garantir o deslocamento de moradores. “Já mandamos barcos para essas regiões porque não se trata apenas de alagar casas, mas de garantir acesso, segurança e assistência para quem está isolado”, pontuou Falcão.

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