O ritmo de crescimento populacional do Acre desacelerou de forma significativa na última década, acompanhando uma tendência já observada em todo o Brasil. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), entre 2010 e 2022, a população acreana passou de 733,5 mil para 830 mil habitantes, um aumento de 13,1%.
O percentual é bem inferior ao registrado nas décadas anteriores, quando o crescimento foi mais acelerado.
Para efeito de comparação, o estado cresceu:
– 31,2% entre 2000 e 2010;
– 33,7% entre 1990 e 2000;
– 35,9% entre 1980 e 1990; e
– 47,5% entre 1970 e 1980.
Os dados mostram que, embora o Acre continue crescendo, o avanço populacional vem perdendo força de maneira significativa ao longo do tempo.
Esse comportamento, segundo o IBGE, é motivado pela queda das taxas de fecundidade, o envelhecimento da população e mudanças no padrão migratório.
Pelos dados atuais, Rio Branco permanece como o município mais populoso, com 364,7 mil habitantes, o que representa aproximadamente 43,9% de toda a população do estado.
O segundo município mais populoso é Cruzeiro do Sul, com 91,8 mil habitantes, cerca de 11,1% da população estadual. Juntas, as duas cidades concentram 55% dos acreanos.
Densidade demográfica segue baixa
Com uma área territorial relativamente extensa e população pequena, o Acre apresenta uma densidade demográfica de 5,06 habitantes por km², uma das mais baixas do Brasil.
Na comparação regional, o estado fica acima de Amazonas e Roraima, que possuem densidades ainda menores, mas abaixo de Pará, Rondônia e Amapá, que têm maior concentração populacional.
Isso significa que o Acre se mantém, até hoje, como um estado pouco povoado, com grandes vazios demográficos, especialmente fora dos eixos Rio Branco e Cruzeiro do Sul.