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“É mais barato que orfanato e muito mais humano”, diz Bocalom ao defender programa Família Acolhedora

“É mais barato que orfanato e muito mais humano”, diz Bocalom ao defender programa Família Acolhedora

Foto: Anne Nascimento

Cuidar de crianças abandonadas dentro de um lar, com afeto, dignidade e acompanhamento do poder público. Essa é a proposta do Programa Família Acolhedora, defendida pelo prefeito de Rio Branco, Tião Bocalom, durante evento realizado nesta segunda-feira, 15, que marcou a entrega de um veículo Hyundai HB20 para fortalecer as ações do serviço na capital.

Ao falar sobre o programa, o prefeito destacou que a iniciativa alia humanidade, responsabilidade social e economia de recursos públicos. “Não tem jeito de você cuidar de filhos dos outros de forma gratuita. É obrigação do poder público. E, para a prefeitura, é mais barato fazer isso do que criar orfanatos”, afirmou Bocalom.

Segundo ele, cada família acolhedora recebe um salário mínimo por criança, podendo chegar a dois salários quando acolhe irmãos. “Ela tem que ser recompensada, porque essas são crianças que realmente precisam. A Justiça já verificou que estão totalmente abandonadas”, completou.

Mais futuro, menos abandono

Atualmente, o programa dispõe de 30 vagas, com 10 famílias acolhendo 14 crianças, mas a meta é ampliar o atendimento. “Nós precisamos de mais famílias. Hoje temos potencial para acolher pelo menos mais 15 crianças”, disse o prefeito, fazendo um apelo direto à população. “Você que tem possibilidade de acolher uma criança, entre em contato com o Tribunal de Justiça ou com a nossa Secretaria de Assistência Social. Esse é um programa muito bonito. Tem muitas crianças precisando de você.”

Para Bocalom, a principal diferença está no ambiente familiar. “A criança vai para o seio de uma família. A perspectiva de futuro é muito mais brilhante do que aquela para a qual, infelizmente, ela estava sendo encaminhada”.

“É mais barato que orfanato e muito mais humano”, diz Bocalom ao defender programa Família Acolhedora
“Nós precisamos de mais famílias. Hoje temos potencial para acolher pelo menos mais 15 crianças”, disse o prefeito, fazendo um apelo direto à população. Foto: cedida

 

“É gratificante, é amor”

Quem vive essa experiência na prática é Romilda Guimarães de Souza, empregada doméstica e família acolhedora. Ela conta que leva a criança consigo para o trabalho quando necessário e não esconde a emoção.
“É muito gratificante. A emoção é muito boa”, disse. Romilda faz um convite simples, mas direto a quem pensa em participar.

“Se tiver interesse, amor no coração e vontade de ajudar, procure o programa. Vamos dar amor para essas crianças, porque elas precisam”, afirmou, emocionada. “É triste ver crianças sendo abandonadas. Mas aí aparecem pessoas boas para acolher. É uma alegria”.

“É mais barato que orfanato e muito mais humano”, diz Bocalom ao defender programa Família Acolhedora
Romilda diz que o programa é gratificante. “É amor”. Foto: cedida

Apoio financeiro e dignidade

O coordenador do Serviço de Acolhimento Familiar do programa Família Acolhedora, Crispim Machado, lembrou que o auxílio financeiro foi decisivo para fortalecer o programa. “A gente precisava que essas famílias recebessem um salário mínimo para dar dignidade no acolhimento. O prefeito prontamente disse: ‘30 famílias’. Isso foi um avanço”, ressaltou.

Segundo Crispim, o serviço atende crianças e adolescentes em situação de violação de direitos, priorizando os mais novos. “O acolhimento familiar veio para dar dignidade. A criança tem cuidado, educação, saúde e convivência comunitária.”

“É mais barato que orfanato e muito mais humano”, diz Bocalom ao defender programa Família Acolhedora
Crispim Machado, coordenador do programa Família Acolhedora. Foto: cedida

Novo veículo amplia atendimento

Durante o evento, a Prefeitura entregou um Hyundai HB20, adquirido por meio de emenda parlamentar da ex-senadora Mailza Assis, que passa a integrar a frota da Secretaria Municipal de Assistência Social e Direitos Humanos. O carro será usado para visitas técnicas, acompanhamento das famílias e atendimento das demandas do programa.

Para a gestão municipal, o reforço logístico representa mais agilidade e qualidade no atendimento. Para as crianças, significa algo ainda maior: mais cuidado, mais presença e mais chances de um futuro diferente. “Estamos no mês de luzes”, resumiu Bocalom. “Quem puder, entre nesse programa. É uma forma concreta de dar mais luz à vida de uma criança”.

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