Ícone do site Jornal A Gazeta do Acre

Entrega do Prêmio Bacurau de Direitos Humanos é adiada e passa para janeiro de 2026

Entrega do Prêmio Bacurau de Direitos Humanos é adiada e passa para janeiro de 2026

O Prêmio Bacurau de Direitos Humanos foi instituído por meio do Decreto nº 1.780/2019, com objetivo de reconhecer e homenagear pessoas físicas e instituições que defendam ou promovam causas e ações para a promoção dos direitos humanos do Município de Rio Branco(Foto: Evandro Derze/Secom)

A entrega do Prêmio Bacurau de Direitos Humanos – edição 2025, que estava marcada para esta sexta-feira, 19, foi adiada pela Prefeitura de Rio Branco e já tem nova data definida: 14 de janeiro de 2026. A mudança no cronograma foi anunciada pela Secretaria Municipal de Assistência Social e Direitos Humanos (SASDH), mas os motivos não foram revelados.

A premiação, promovida pela Prefeitura de Rio Branco, reconhece o trabalho individual ou coletivo de agentes públicos e da sociedade civil que desenvolvem boas práticas voltadas à promoção, proteção e defesa dos direitos humanos no município. A solenidade será realizada a partir das 8 horas, no Auditório da Reitoria do Instituto Federal do Acre (Ifac), próximo à Arena da Floresta.

O Prêmio Bacurau de Direitos Humanos homenageia pessoas físicas e instituições que se destacam em ações que fortalecem a cultura de paz, o respeito às diferenças e a garantia de direitos fundamentais em Rio Branco.

Quem foi Bacurau?

Entrega do Prêmio Bacurau de Direitos Humanos é adiada e passa para janeiro de 2026
Francisco Augusto Vieira Nunes, mais conhecido como Bacurau. Foto: Arquivo pessoal

O prêmio leva o nome de Francisco Augusto Vieira Nunes, conhecido como Bacurau, ativista histórico da causa dos direitos humanos. Diagnosticado ainda na infância com hanseníase virchowiana, a forma mais grave da doença, Bacurau enfrentou o preconceito desde cedo e transformou sua própria trajetória de dor em luta coletiva. Foi um dos fundadores do Movimento de Reintegração das Pessoas Atingidas pela Hanseníase (Morhan) e teve sua atuação reconhecida internacionalmente antes de falecer, em 1997.

O historiador Marcos Vinícius Neves contou À GAZETA, ainda em setembro deste ano, que Bacurau sofreu, inclusive, violência por conta da doença. “O Bacurau foi retirado de casa ainda criança, depois que denunciaram que ele estava com hanseníase”, contou. “Na primeira vez, o pai escondeu ele. Depois, a polícia foi até a casa e o levou para uma colônia de doentes, ainda tratada como leprosário”.

Sair da versão mobile