Após mais de uma década convivendo com as sequelas de um grave acidente, Neto Guimarães enfrenta um novo e delicado desafio de saúde. Uma infecção grave atingiu a prótese implantada em sua perna esquerda, exigindo um procedimento cirúrgico urgente no Rio de Janeiro, onde ele realiza acompanhamento médico especializado. Sem previsão para o encaminhamento pelo Tratamento Fora de Domicílio (TFD), a família organizou uma vaquinha solidária para viabilizar a ida ao Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia (Into).
Neto sofreu um grave acidente em 2013, quando fraturou o quadril e o fêmur da perna esquerda. Após a primeira cirurgia realizada no Acre, ele contraiu uma bactéria hospitalar que corroeu parte do osso, comprometendo sua mobilidade. À época, o quadro foi considerado grave, e médicos chegaram a alertar que ele poderia não voltar a andar.
Diante da complexidade do caso, Neto foi encaminhado ao Into, no Rio de Janeiro, onde passou por uma artroplastia, cirurgia ortopédica que substitui a articulação danificada por uma prótese artificial que vai do quadril ao fêmur. Desde então, ele realiza acompanhamento anual pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
Infecção resistente e agravamento do quadro
Nos últimos meses, porém, o estado de saúde voltou a se agravar. Neto desenvolveu uma nova infecção na mesma perna onde está a prótese. A bactéria atingiu inicialmente a pele, mas avançou até alcançar o material implantado. Há mais de 20 dias, ele está em tratamento com antibióticos injetáveis, já tendo recebido mais de 70 ampolas, sem resposta satisfatória.
Segundo a família, a bactéria apresentou resistência aos medicamentos, e o uso prolongado resultou em anemia e leucopenia, condição que reduz de forma significativa as defesas do organismo. Exames também indicam a formação de um coágulo entre o músculo e a prótese, possivelmente causado por sangramento interno associado à infecção.
Com a falta de resposta ao tratamento clínico, médicos avaliam que o caso exige intervenção cirúrgica imediata. O procedimento prevê a abertura da perna, retirada do coágulo, troca da prótese infectada e lavagem completa da área afetada.
Profissionais que acompanham Neto no Acre já emitiram relatório de urgência, recomendando a transferência imediata para o Rio de Janeiro. No entanto, segundo a família, nesta semana foi informado que não há previsão de agenda pelo TFD. Enquanto isso, Neto segue com febre diária e agravamento do quadro infeccioso.
“Ele faz acompanhamento todos os anos no Into. Desde o ano passado, as consultas passaram a ser por telemedicina. Este ano surgiu a celulite infecciosa na mesma perna da prótese. A cada dia que passa, o risco aumenta, porque ninguém faz esse tipo de cirurgia aqui, e os médicos de lá não autorizam”, relata a esposa, Amanda Guimarães.
Vaquinha solidária
Todo o tratamento de Neto é realizado pelo SUS, mas os custos com deslocamento, estadia e despesas emergenciais levaram a família a buscar ajuda. A vaquinha solidária foi criada para garantir que ele chegue o quanto antes ao Rio de Janeiro e realize o procedimento necessário para conter a infecção e preservar a vida.
As doações podem ser feitas pela chave Pix: 024.423.502-38 (Amanda). A família reforça que qualquer ajuda é fundamental neste momento.









