A cena cultural de Brasiléia ganhou fortalecimento institucional e reconhecimento público. Duas leis municipais sancionadas nesta segunda-feira, 15, no Diário Oficial do Estado (DOE), oficializam o papel de coletivos, grupos artísticos e de uma associação juvenil que atuam diretamente na formação de jovens, na valorização da identidade amazônica e na inclusão social no município.
Uma das normas reconhece a Associação de Arte e Cultura Juventude Que Dança do Alto Acre (AACJQDA/AC) como entidade de utilidade pública municipal, assegurando respaldo legal para a continuidade e ampliação de suas atividades. A associação atua com ações voltadas à arte, educação, diversidade cultural, combate ao racismo e fortalecimento do protagonismo juvenil, especialmente na Região do Alto Acre.
Com o novo status, a entidade passa a estar apta a firmar convênios, termos de colaboração e contratos de fomento com o poder público, ampliando o alcance de projetos culturais, educacionais e socioassistenciais. A proposta é garantir que iniciativas já desenvolvidas nos bairros e comunidades tenham mais estrutura, apoio e permanência.
Coletivos reconhecidos como patrimônio vivo da cidade
Outra lei sancionada pelo Executivo municipal reconhece como de Relevante Interesse Cultural e Social cinco coletivos que atuam de forma contínua em Brasiléia e na região de fronteira. São eles: o Coletivo de Fotografia Clicks da Fronteira, o Grupo de Teatro EspresArte, o Grupo Axé Capoeira – Território Cultural Oportunidades, o Coletivo Juventude Que Dança e o Território Cultural Amigos do Bem Dy Borocongo.
Os grupos se destacam pela realização de oficinas gratuitas, espetáculos, festivais, ações em comunidades vulneráveis, escolas, abrigos e pela representação de Brasiléia em eventos culturais no Acre, no Brasil e no exterior. Muitas dessas iniciativas também mantêm parcerias transfronteiriças com Bolívia e Peru, reforçando o papel do município como polo de integração cultural na Amazônia Sul-Americana.
Além da produção artística, os coletivos utilizam a cultura como ferramenta de transformação social, educação, cidadania e valorização das tradições amazônicas e afro-brasileiras, ampliando o acesso à arte e fortalecendo o sentimento de pertencimento da população.






