O nível do Rio Acre apresentou leve oscilação nas últimas horas, mas segue acima da cota de transbordo em Rio Branco. Segundo a Defesa Civil Municipal, o manancial marcou 15,38 metros na medição das 5h desta terça-feira, 30.
Ao longo da segunda-feira, o rio manteve trajetória de elevação gradual, alcançando 15,41 metros às 18h e às 21h. A partir da meia-noite, passou a apresentar sinais iniciais de vazante, quando marcou 15,40 metros, tendência que se manteve nas primeiras horas desta terça. Nas últimas 24 horas, o volume de chuva registrado foi de apenas 0,60 milímetro.
Mesmo com a leve retração, o nível do Rio Acre permanece bem acima da cota de transbordo, que é de 14 metros, mantendo áreas da capital em situação de atenção.
Ampliação dos abrigos
Diante do cenário, a Prefeitura de Rio Branco informou, nesta terça-feira, 30, que ampliou a rede de acolhimento às famílias atingidas. Atualmente, sete abrigos estão ativos, atendendo 159 famílias, e a abertura de uma oitava unidade já está em andamento para as próximas horas.
Segundo a Defesa Civil Municipal, há ainda uma demanda imediata de cerca de 40 famílias que precisam ser retiradas de áreas de risco e encaminhadas para abrigos públicos. Com algumas estruturas próximas da capacidade máxima, novas unidades seguem sendo preparadas.
Em relação aos igarapés da capital, o órgão informou que houve retração significativa nos níveis, sem risco de transbordamento neste momento. Ainda assim, por precaução, famílias retiradas dessas áreas devem permanecer nos abrigos por pelo menos 48 horas, especialmente diante da previsão de chuvas para o dia 31.
Situação de emergência
A capital acreana está sob situação de emergência, decretada nesta segunda-feira, 29, em razão da elevação do Rio Acre e de seus igarapés. Durante o anúncio, o prefeito Tião Bocalom destacou que a prioridade da gestão é preservar vidas e garantir assistência às famílias atingidas.
O impacto da cheia também atinge outras áreas da administração municipal, como a educação. O vice-prefeito e secretário municipal de Educação, Alysson Bestene, afirmou que o uso de escolas como abrigos pode gerar novos ajustes no calendário escolar, embora a Secretaria trabalhe para reduzir prejuízos aos alunos.








