Os casos de perseguição (stalking) voltaram a crescer no Acre. Em outubro de 2025, o estado registrou 20 boletins de ocorrência, número mais de três vezes maior que o contabilizado no mesmo mês de 2024, quando apenas 6 vítimas procuraram a polícia. O crescimento de 233% mostra o avanço desse tipo de violência, que é marcada por monitoramento constante, pressão psicológica e violação da privacidade.
O aumento não se restringe ao recorte mensal: de janeiro a outubro, o Acre soma 146 casos de perseguição em 2025, seis a mais que no mesmo período do ano passado, que totalizou 140 ocorrências.
A capital concentra a explosão de casos. Em Rio Branco, as denúncias saltaram de 2 para 13 em um ano, representando quase 70% de todas as ocorrências de outubro. No interior, o aumento foi de 4 para 7 casos. A regional de Rio Branco/Bujari/Porto Acre lidera com folga, acumulando sozinha 13 dos 20 registros.
O perfil das vítimas também mudou. A faixa etária mais atacada passou a ser a de 30 a 39 anos, que subiu de 1 para 10 vítimas no comparativo entre outubro do ano passado e outubro de 2025. No total, 21 vítimas procuraram a polícia em outubro deste ano, número mais de três vezes maior que o registrado no mesmo mês do ano passado.






