A cesta básica em Rio Branco praticamente ficou no mesmo patamar entre outubro e novembro de 2025. Mesmo com a maioria dos alimentos apresentando queda de preço, o custo total teve variação mínima, um reflexo de aumentos pontuais em produtos-chave do consumo diário. No mês, o valor passou de R$ 567,21 para R$ 567,60, uma diferença de apenas R$ 0,39, o equivalente a 0,07%, segundo dados da Secretaria de Estado de Planejamento (Seplan). O levantamento foi realizado em 55 estabelecimentos comerciais de Rio Branco.
A análise detalhada dos preços mostra que 8 dos 14 itens da cesta alimentar ficaram mais baratos, puxados principalmente pela queda expressiva do tomate, que recuou R$ 6,96 (-8,23%), passando de R$ 84,47 para R$ 77,51. O arroz também contribuiu para a redução, com queda de R$ 0,53 (-3,32%), seguido pelo leite, que caiu R$ 0,71 (-1,81%), e pelo café, com redução de R$ 0,23 (-0,54%).
Outros produtos que ajudaram a conter o avanço do custo foram a farinha de mandioca, a manteiga, o açúcar, que manteve praticamente estabilidade, e o pão, que teve leve recuo no período.
No entanto, esse movimento de baixa foi neutralizado por aumentos significativos em alguns itens. A banana foi o produto que mais encareceu, com alta de R$ 7,62, um salto de 11,68%, passando a custar R$ 72,87 em novembro. O óleo de soja também subiu, com acréscimo de R$ 0,40 (+5,17%), seguido por aumentos menores no frango, feijão, carne e mandioca.
Segundo a análise econômica do levantamento, a alta da banana está relacionada à redução de oferta no mercado local, enquanto o aumento do óleo reflete expectativas de menor produção global do grão. Já a carne segue pressionada pelo elevado volume de exportações e pelos custos mais altos de reposição do rebanho.
Apesar do leve viés de alta observado na cesta alimentar, o custo geral da cesta básica — que inclui ainda produtos de limpeza doméstica e higiene pessoal — fechou novembro em R$ 554,16, representando uma queda de 0,64% em relação a outubro, o equivalente a R$ 3,57 a menos no orçamento mensal.
Mesmo assim, o peso sobre a renda continua elevado. Para adquirir a cesta básica completa, o trabalhador precisou comprometer 38,36% do salário mínimo líquido, o que corresponde a 84 horas e 24 minutos de trabalho.







