O principal suspeito de envolvimento na morte do colunista social, ativista cultural e servidor público Moisés Alencastro foi preso na manhã desta quinta-feira, 25, pela Polícia Civil do Acre. Trata-se de Antônio de Souza Moraes, de 22 anos. A informação foi confirmada ao portal A GAZETA pelo delegado Alcino Júnior, responsável pela investigação do caso.
Até a última atualização desta matéria, a Polícia Civil não havia divulgado detalhes sobre a prisão, como o local onde o suspeito foi encontrado, se houve resistência ou se ele já foi ouvido formalmente.
O homem havia sido identificado como principal suspeito do crime e estava foragido desde que a Justiça decretou sua prisão preventiva, a partir de representação da autoridade policial.
Crime ocorreu dentro do apartamento da vítima
Moisés Alencastro foi encontrado morto na noite de segunda-feira, 22, dentro do apartamento onde morava, no bairro Morada do Sol, em Rio Branco. O corpo apresentava múltiplas perfurações por arma branca e sinais de violência, o que levou ao isolamento do local para os trabalhos periciais.
Ainda na fase inicial das investigações, a Polícia Civil informou que não havia sinais de arrombamento no imóvel, o que indica que a entrada ocorreu de forma consensual. O veículo da vítima foi localizado posteriormente abandonado na estrada do Quixadá, fato que ajudou a direcionar as primeiras diligências.
Linha de investigação
Durante coletiva à imprensa, a Polícia Civil informou que trabalha, neste momento, com a hipótese de homicídio seguido de furto, afastando a tese inicial de latrocínio. Segundo os investigadores, embora bens tenham sido subtraídos após a morte, não há indícios de que Moisés tenha sido morto com a finalidade de roubo.
A brutalidade do crime e o número de golpes desferidos levaram a polícia a avaliar a possibilidade de motivação passional, hipótese que ainda depende da conclusão dos laudos periciais.
A investigação também apura a possível participação de uma segunda pessoa no crime. Conforme informado pela Polícia Civil, há indícios de que mais de uma pessoa esteve no apartamento no momento dos fatos, além da vítima.
Indícios reunidos pela polícia
Entre os elementos que embasaram o pedido de prisão preventiva estão relatos de que o suspeito teria sido visto com roupas sujas de sangue após o crime. Peças de vestuário foram apreendidas e encaminhadas para análise pericial.
A polícia também confirmou a tentativa de uso dos cartões bancários da vítima em um comércio após o homicídio, embora a transação tenha sido recusada. Imagens relacionadas ao episódio foram coletadas e incorporadas ao inquérito.
Além disso, objetos pessoais de Moisés, como documentos e itens de uso cotidiano, foram encontrados em um endereço ligado ao suspeito.








