
O que era para ser apenas um elogio a um aliado político acabou criando um clima de desconforto para o senador Márcio Bittar (PL-AC). Durante um evento com diretores escolares e lideranças políticas, nessa quinta-feira, 11, o parlamentar declarou que Alan Rick (União Brasil-AC) deixaria o Senado no próximo ano e agradeceu sua atuação, um gesto que soou como apoio antecipado à candidatura ao governo em 2025. O problema é que o colega de partido, Tião Bocalom, atual prefeito de Rio Branco, também é cotado para disputar o pleito.
Diante da repercussão, Bittar se antecipou e, nesta sexta-feira, 12, admitiu o equívoco. “Quero aqui mandar o meu abraço e corrigir o erro de ontem. O prefeito Bocalom é meu parceiro de jornada há 30 anos. O PL tem o privilégio de ter o prefeito da capital, um homem sério, trabalhador, que está entregando muitas obras e vai entregar mais no ano que vem. E a decisão do PL sobre candidatura ao governo passa em primeiro lugar por ele”, afirmou.
O senador reforçou ainda que, se Bocalom considerar ter condições de renunciar à prefeitura para entrar na disputa, contará com seu apoio. “Eu estava numa reunião com o Alan, que não é meu inimigo; com o [Emerson] Jarude, que está me ajudando. E lá, naquele ambiente, mencionei uma frase que saiu errada. Cometi um erro”, disse, acrescentando que pediu desculpas ao prefeito. “Não há problema nenhum em reconhecer que errou e corrigir.”
Bittar destacou que não pressionará Bocalom a deixar o cargo, mas reiterou que, caso isso ocorra, ele será seu candidato, e também o candidato da família Bolsonaro.
O senador aproveitou para comentar a indicação do ex-presidente Jair Bolsonaro para que seu filho, Flávio Bolsonaro, concorra à Presidência da República. “O pai passou ao primogênito a tarefa de continuar o legado. Tenho certeza absoluta de que o Flávio entra na campanha para vencer. Aqui no Acre vamos dar vitória para o Flávio, Michelle, todo mundo”, declarou.
Em 2022, o Acre possuía 588.433 eleitores aptos a votar, segundo dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), representando 0,376% do eleitorado nacional.
Ver essa foto no Instagram





