Dos oito deputado federais do Acre, sete votaram a favor da suspensão do mandato do colega Glauber Braga (PSol-RJ), que foi alvo de processo interno por quebra de decoro parlamentar após se envolver em uma briga com um integrante do Movimento Brasil Livre (MBL).
O texto votado nesta quarta-feira, 10, foi uma punição mais branda, fruto de destaque apresentado por deputados governistas que substituía a cassação pela suspensão do mandato de Glauber por seis meses.
Disseram “sim” a essa medida Socorro Neri, Zezinho Barbary, Zé Adriano (Progressistas), Antônia Lúcia, Roberto Duarte (Republicanos), Meire Serafim e Eduardo Velloso (União Brasil).
Por outro lado, o Coronel Ulysses (União Brasil) foi o único a votar contra a suspensão. À reportagem, ele disse entender que Glauber não deveria ser suspenso, mas, sim, cassado.
O placar final foi de 318 contra 141 pela suspensão temporária. A decisão foi comemorada pelos parlamentares governistas, de esquerda e pelo próprio deputado, que temia a perda definitiva do mandato.
Na terça, 9, Glauber protagonizou uma das cenas mais tensas da história recente do parlamento federal ao ser retirado da cadeira do presidente com violência pela Polícia Legislativa. Ele ocupava o espaço em protesto contra o processo que pedia sua cassação.
Semanas antes, vários deputados bolsonaristas fizeram o mesmo por dois dias seguidos, pedindo por anistia ao ex-presidente Jair Bolsonaro, e não tiveram o mesmo tratamento por parte da presidência da Casa, comandada por Hugo Motta (Republicanos), que tem sido alvo de pesadas críticas pela forma que conduziu ambos os casos.
Ainda na terça, 9, o sinal da TV Câmara chegou a ser cortado, de forma inédita, e jornalistas foram expulsos do plenário e agredidos pela polícia para não terem de cobrir a confusão que se instalou no Parlamento. Na mesa data, os deputados aliviaram a pena para Bolsonaro e demais condenados por tentativa de golpe de estado em 2023.






