Segundo a Agência Nacional de Águas (ANA), o nível do Rio Madeira, região onde as balsam fazem a travessia, baixou três metros nas últimas 96 horas (4 dias). Devido ao baixo nível das águas, o serviço de travessia de veículos entre Rondônia e Acre está sendo afetado. Os motoristas reclamam das filas quilométricas e da demora em fazer a travessia.
Um vídeo que mostra as dificuldades enfrentadas pelos motoristas ao embarcar e desembarcar nas balsas circula nas redes sociais. As imagens mostram um caminhão tentando sair da balsa, com auxílio de pranchas de madeira.
Normalmente, a travessia demora cerca de 40 minutos à uma hora, porém, com a seca dos rios esse tempo subiu para quase três horas de espera. Em conversa com a reportagem A GAZETA, o motorista Luan Chalub relatou os transtornos que passou na madrugada desta quarta-feira, 8, quando voltada de Porto Velho.
Conforme Luan Chalub, foram quase cinco horas de espera até conseguir embarcar na balsa. “Demora porque encalha e acumula muitos carros. Além disso, a preferência é para carros pequenos. O rio está muito seco, ontem [terça,7] a balsa ficou uns 40 minutos encalhada até conseguirem desencalhar para continuar a viagem”.
Além disso, o motorista reclama do novo acesso para o desembarque dos veículos. “O novo caminho é ruim. Não é bem feito. Nós sabemos que a empresa ganha bem pra deixar o trânsito fluindo, e só tem duas balsas operando. Lá está um verdadeiro caos”, contou.
De acordo com o Sindicato das Empresas de Logísticas e Transporte de Cargas do Acre (Setacre), a empresas responsáveis pelas balsas informaram que o tráfego das balsas permanece normal.
No Acre, a Polícia Rodoviária Federal informou que ainda não recebeu nenhuma reclamação de motoristas referente às dificuldades enfrentadas no local. O Corpo de Bombeiros do Estado também não foi notificado quanto aos problemas devido à seca dos rios naquela região.