Obras, obras e mais obras. São 106 obras que o Governo do Estado elencou e vem anunciando nas últimas semanas para marcar os 106 da assinatura do Tratado de Petrópolis, culminando com a inauguração hoje da duplicação da Estrada do Quinari.
Nada a opor as obras. Elas geram empregos, mesmo que temporários, mas necessários. Além da construção civil, aquecem outros setores da economia, os quais, por sua vez, geram mais postos de trabalho.
Isso é bom. Irrigado por um volume de recursos nunca visto na história deste Estado, os últimos governos têm sabido aproveitar esses recursos para dotar o Estado da infra-estrutura que estava precisando no setor de transportes. Para integrar o Estado, falta apenas concluir o asfaltamento da BR-364 até Cruzeiro do Sul.
O que se observa, no entanto, é que só a construção dessas obras não é suficiente para atender as necessidades da população. Fosse assim, não se estaria enfrentando graves problemas sociais, como o aumento dos índices de criminalidade.
É preciso, pois, daqui por diante começar a pensar também na criação de indústrias, no fortalecimento e modernização da agricultura e do setor extrativista, setores essenciais para compor aquilo que se convencionou chamar de desenvolvimento sustentável. Sem isso, são apenas obras.