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Rebanho bovino do Acre cresce mais do que a média nacional, diz IBGE

O crescimento do efetivo bovino acreano aumentou, de 2007 para 2008, mais do que a média nacional e da região Norte. Enquanto que em todo o país houve um acréscimo de 1,3% e na Amazônia de 3,3% no perío-do, no Acre o rebanho de grande porte cresceu 5,2%. Esses são os dados da Produção da Pecuária 2008, levantamento do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas) divulgado na semana passada.
De 2,3 milhões de cabeças de gado em 2007, o efetivo total do rebanho chegou a quase 2,5 milhões em 2008. Apontada no passado como a principal responsável pelo desmatamento da Floresta Amazônica, a criação de bois hoje caminha para se tornar uma atividade econômica sustentável. Pelo menos é o que garante o secretário Mauro Ribeiro (Agricultura e Pecuária). Segundo ele, a pecuária acreana se desenvolve sem precisar derrubar novas áreas.

A recuperação de áreas degradadas é o principal fator para a relação pecuária/floresta não ser prejudicial para a segunda. O aproveitamento das áreas já devastadas faz com que a criação de gado no Acre caminhe para a sustentabilidade. “A tendência é que a nossa pecuária cresça muito mais em qualidade do que em quantidade. Ela torna-se a cada dia sustentável”, diz Ribeiro.

A melhora dos pastos tem possibilitado aos criadores locais se tornarem tão competitivos quanto de estados como Mato Grosso do Sul e Rio Grande do Sul, onde a pe-cuária está bastante consolidada. Hoje, mais de 80% da produção de carne bovina do Acre é exportado para outros mercados, tanto no Brasil como no exterior. Manaus é o principal destino da carne produzida nos frigoríficos do Estado. 

Além da recuperação do solo, o clima é outro fator que contribui para o fortalecimento desta atividade econômica. O clima quente aliado à alta umidade favorece o pasto, pois o capim cresce de forma mais rápida. Se, de um lado, a natureza contribui para tornar a pecuária acreana competitiva e lucrativa, por outro, a localização geográfica do Estado encarece os insumos para a criação. Os pecuaristas chegam a desembolsar o dobro pela tonelada do calcário por conta do frete. 

O mais positivo nessa nova fase, comenta o secretário, é que não somente os grandes criadores se beneficiam. Os pequenos, que formam a grande maioria, também lucram mais. O Acre tem atualmente mais de 3,7 milhões de hectares destinados ao agronegócio. Destes, um milhão é de pastos.
    

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