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Ufac promove eventos internacionais sobre línguas, linguagens e fronteiras

A excelência no ensino superior tem sido um dos maiores desafios da Ufac nos últimos anos. Nesse sentido, a universidade tem se empenhado em cada vez mais oferecer palestras e seminários de qualidade aos seus alunos. A maior prova disso está nos dois eventos de nível internacional sobre Língua, Linguagem e Fronteiras (focos na Amazônia e África) que a instituição está sediando desde o começo desta semana, dia 23, em suas dependências. Trata-se do 3º Simpósio de Linguagens e Identidades da/na Amazônia Sul-Ocidental e do 2º Colóquio Internacional “As Amazônias, as Áfricas e as Áfricas na Pan-Amazônia”, que duram até sexta, dia 27, das 14 às 22h30, no Anfiteatro.

As duas atividades são referentes ao curso de Mestrado em Letras e consistem na apresentação de 85 trabalhos e 125 pesquisas do Acre, Amazonas, Pará, São Paulo e Rio de Janeiro. Além disso, os eventos compreendem palestras, oficinas e mini-cursos. Estes últimos são ministrados por especialistas de vários países, como Ana Pizarro (Univ. do Chile), Denny Moore (Museu “Emilio Goeldi”/ PA), Christen Smith (Univ. do Texas/ EUA), Eliseo López Cortés e César Pérez Ortiz (Univ. de Guadalajara/MEX).

De acordo com Gerson Albuquerque, professor de mestrado em letras e um dos coordenadores dos eventos, o simpósio é um trabalho que a Ufac faz junto aos alunos desde 2007 para aprimorar a qualidade do seu mestrado. Ele conta que desde o ano passado este projeto ganhou dimensões bem maiores em virtude do convênio firmado entre a Ufac, a PUC/SP (Pontifícia Univ. Católica), a UFG (Univ. Federal de Goiás) e a Universidade do Texas (EUA). Já o colóquio é uma extensão do trabalho a um nível global. Com isso, o objetivo é tornar a Ufac uma verdadeira referência na região Norte.

“A nossa pretensão é consolidar o mestrado de Letras da universidade a ponto de instalarmos o curso com grau de doutorado. Paralelamente, nossa meta também é fazer com que os grandes centros universitários venham para o Acre, e não o contrário, como ocorre na maioria das vezes por aqui. Eu acredito que o conhecimento não depende de lugar nenhum, por isso, é importante de vez em quando trazer as pessoas do sudeste para cá. Sem contar que estas 2 iniciativas conferem a Ufac uma visibilidade enorme no cenário nacional. A Univ. do Pará, por exemplo, tem o maior número de universitários do país. Mesmo assim, somos nós que sediamos um evento desta natureza”, declarou.

O professor Gerson Albuquerque também salientou que uma das metas dos dois eventos é publicar os resultados dos trabalhos, pesquisas e discussões em livros, CDs, cadernos, cartilhas e em capacitações para professores. Segundo ele, esse conhecimento precisa ser levado para todas as escolas da Amazônia porque se trata de uma região rica nas línguas indígenas, mas que não as valorizam da melhor forma. “Na Amazônia em geral, já que devemos trabalhá-la como um continente inteiro e não apenas a sua extensão brasileira, temos poucas pessoas qualificadas neste assunto”, lamentou.

Outro centro de estudos do simpósio e do colóquio é a aproximação da história da Amazônia com a da África. “No mundo, temos 2 grandes florestas tropicais. Uma é a Amazônia onde vivemos e a outra é a África, berço da civilização. É muito importante estudá-las a fundo para compreender melhor sobre a realidade daqui e de lá. Por isso, se faz necessário melhorar o nível de aprendizado sobre a Amazônia e instalar a disciplina de história da África nas escolas daqui”, finalizou Gerson Albuquerque.

 

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