Há dois lados diametralmente opostos no Acre. Um lado bonito, atraente, de boas coisas. O outro ainda miserável, doloroso, por vezes, cruel.
No primeiro caso, não se pode negar que, nos últimos anos, o Acre melhorou em muitos aspectos. Fez uma opção consciente pelo desenvolvimento sustentável. A partir daí, com a soma de recursos que vem recebendo do Governo Federal e organismos internacionais, os governantes realizaram grandes obras de infra-estrutura e os indicadores sócio-econômicos melhoraram.
Os resultados começam a aparecer. Descontando alguns exageros, pode-se sim dizer que o Estado passa por “um bom momento” e não é proibido sonhar, mas, sobretudo, trabalhar para que o Acre seja um dos melhores lugares para se viver na Amazônia, como costuma repetir o governador Binho Marques.
Contudo não se pode negar também e escamotear que o Estado ainda tem graves problemas a resolver. Um deles é a geração de empregos, que não se dará apenas com a realização de grandes obras públicas, muito menos, com o empreguismo público.
É preciso pensar e insistir no surgimento de indústrias e serviços, capazes de absorver a mão-de-obra concentrada nas periferias das cidades, onde se agravam os problemas so-ciais, como o da criminalidade, do tráfico de drogas, da prostituição.