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Aventureiro monta cabana às margens do Rio Acre


Uma pequena cabana, construída a base de madeira, papelão e lona, à margem do Rio Acre, chama a atenção de transeuntes e motoristas que cruzam a ponte de concreto, sentido Segundo Distrito/Centro. Para chegar ao local e conhecer seu ilustre morador é necessário descer o barranco, tendo como acesso o Calçadão do Terminal.

Foi assim que a reportagem de A GAZETA conheceu na manhã chuvosa de ontem, o aventureiro José da Costa, 42 anos. Natural do Ceará, ele afirma que está no Acre há pelo menos 20 anos, e que a sua vida na cidade tem sido assim: “a base de sombra e água fresca”.
“Gosto mesmo é de pescar, mas também vendo limão no mercado municipal para ganhar uns trocados”, diz bem humorado. José da Costa, que na região é conhecido pelo pseudônimo de Ceará. Garante que vem de família abastada, tem residência fixa no bairro Taquari e que montou acampamento por puro lazer.

Apesar da grande quantidade de pertences pessoais no local e até um varal para pendurar roupas, ele afirma que utiliza a cabana apenas para o lazer. Reclama, porém, da grande quantidade de usuários de drogas que aparecem por lá em busca de abrigo.

“Tomo a minha cachaça quando quero, mas não gosto dessas coisas”, disse. Com a linha de pesca na mão, ele vai em direção ao leito do rio, lança o anzol por várias vezes, mas não consegue pegar nenhum peixe. Mesmo assim, garante que o local é bom de pesca e nos mostra o fogareiro improvisado, onde prepara o alimento.

Numa demonstração de que não tem paradeiro certo. Ceará nos revela que já construiu sua barraca em vários outros pontos do Rio Acre e que no dia que for impedido de ficar no local vai para dentro de um barco. “Minha vida é assim, livre, fazendo o que gosto e no dia que quero”, finaliza.

 

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