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Dengue ameaça moradores do Conjunto Universitário


O lugar onde funcionava o ‘Pinicão’ está desativado há anos e por isso se tornou um bonito lago paisagístico na entrada do Conj. Universitário. Contudo, o esforço do poder público foi desrespeitado por pessoas que decidiram fazer das áreas entorno do lago um verdadeiro depósito de entulhos de lixos, que vão desde cadeiras quebradas de plástico, até pneus velhos e garrafas pets. Agora, os moradores das residências próximas ao lago estão sofrendo com um alto número de infestação de dengue. Das casas visitadas pela reportagem de A GAZETA na rua Saldanha, a que fica bem frente ao lago, pelo menos 2 residentes já contraíram a doença nos últimos 3 meses.

 De acordo com Regis Paiva, engenheiro agrônomo que mora em umas das primeiras casas da rua Saldanha, neste período de 3 meses pelo menos 20 moradores da rua já pegaram dengue. Segundo ele, na sua casa já foram 2 casos, um confirmado e o outro notificado com suspeitas. “Quando fizeram essa obra para transformar o lago eles limparam tudo, mas vieram as pessoas e jogaram coisas ao redor. A chuva veio e dexiou água acumulada nestes locais. Somado a falta de fumacê, que já não passa aqui há mais de 3 anos, nos tornamos um verdadeiro convite para os mosquitos da dengue”, disse.

Outra moradora da rua Saldanha, Caroline de Oliveira Lima, aponta outro possível foco. Segundo ela, os agentes de endemias que passaram pela rua há alguns meses indicaram que havia uma construção, situada logo atrás de sua residência, que tinha uma grande caixa d’água aberta com larvas do mosquito se proliferando. A jovem mora apenas com a sua mãe na casa. Ambas contraíram dengue recentemente.

Na casa de Rosemeire Borges, a situação é mais grave. De 5 pessoas que moram na residência, 4 já foram contaminadas. “Quase todo mundo aqui da rua já pegou dengue. E é engraçado porque mesmo no verão já começaram a aparecer casos. Volta e meia alguém daqui vai para o hospital com a doença por causa desse lixo que as pessoas jogam perto do lago do Pinicão. Agora mesmo a minha vizinha da casa ao lado foi para o hospital se consultar porque está com dengue”, contou ela.  

Na manhã de ontem, máquinas e equipes da prefeitura de Rio Branco estavam trabalhando na limpeza das áreas que os moradores apontam como sendo a maior causadora da doença na região. Algumas ruas das proximidades também foram varridas. Vários entulhos de lixos foram removidos do local. 

Governo e prefeitura intensificam ações de combate a dengue
Com a incidência das primeiras chuvas do inverno, o perigo de transmissão da dengue também aparece. Para evitar que a doença faça novas vítimas, governo e prefeitura já estão em campo com ações preventivas junto à população, principalmente nos bairros onde existe possibilidade de proliferação de focos do mosquito transmissor da dengue, o Aedes Aegypti.

Nos próximos dias, a prefeitura, por meio da Empresa Municipal de Urbanização (Emurb) e da Secretaria Municipal de Serviços Urbanos (Semsur), vai realizar uma ação emergencial de limpeza e retirada de entulhos dos quintais das residências onde foram identificadas condições favoráveis para formação de criadouros do mosquito.

O diretor-presidente da Emurb, Gildo César, explicou que essa intervenção dará suporte ao trabalho que está sendo executado pelas secretarias de Saúde do Estado e do município. “O pessoal da Saúde já está realizando o trabalho de monitoramento da situação, além da aplicação de larvicida, e a nós, juntamente com a Semsur, caberá a tarefa de retirada dos entulhos e lixo acumulados nos bairros utilizando homens, máquinas e equipamentos necessários para isso”, explicou.

De acordo com os levantamentos já realizados pelo pessoal da Saúde, foi identificado que pelo menos 92% dos criadouros do Aedes Aegypti se formam nos quintais – em latas vazias, pneus velhos, caixas e até tampinhas de garrafa, por exemplo – e dentro das casas – em vasos de plantas ou em qualquer outro recipiente que acumule água parada.
Os bairros onde a intervenção será realizada ainda não foram divulgados, no entanto, os moradores devem ficar atentos. (Ascom PMRB)

 

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