O nível do Rio Acre atingiu ontem 10,85m na Capital a maior medida registrada durante este mês de ‘inverno’. Em uma semana, o rio subiu quase 3 m, passando de 7,98 m (dia 10) para 10,85 m (17). O motivo para a elevação tão repentina foi às chuvas em Rio Branco e no Riozinho do Rola, em especial a de segunda, dia 14, que teve volume de 56 mm, e a de ontem, 17 (vol. 11 mm). Para os próximos dias, a Defesa Civil espera que as medidas sofram quedas, porém, um agravante à situação daqui é que as previsões do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) apontam mais chuvas para o Acre.
Conforme o cel. BM João de Jesus Oliveira, coordenador geral da Coordenação Estadual da Defesa Civil (Cedec/AC), mesmo com estas oscilações, a expectativa do órgão é de que o Rio Acre não atinja níveis tão elevados quanto no último período de chuvas. Mesmo assim, ele conta que a Cedec/AC já tem pronto o seu plano de ações e articulação para os riscos de alagações, baseado nos estudos prévios de reconhecimentos de áreas. “Não esperamos que o rio atinja às cotas de alerta (13,5 m) e transbordamento (14 m) tão cedo, mas estamos preparados para o caso de isso acontecer”, acrescenta.
Segundo o coordenador da Cedec/AC, ainda há muitas famílias em áreas de risco em todo o Estado, principalmente em Rio Branco. Contudo, até o momento não há registro de nenhuma ocorrência de enchentes. “Já recebemos casos de quintais alagados, bueiros entupidos, cheias no Igarapé São Francisco e até de riscos de desmoronamento, mas nada relacionado ao rio.
Quanto aos acreanos morando em áreas de risco, é verdade que ainda há muitos casos e isso é preocupante, mas temos que lidar com essa realidade e, nesse sentido, estamos nos estruturando ao máximo”, conta o coronel BM.
As áreas de maior risco no caso de alagações são os bairros Airton Sena, Bahia, Baixada da Habitasa, Seis de Agosto, Sobral e Adalberto Aragão.
No Riozinho do Rola (principal afluente do Rio Acre), o nível apresentado ontem era de 11,23 m, com alta de 21 cm se comparado com terça-feira. Nas outras cidades acreanas, a si-tuação do rio é completamente oposta, com tendências de quedas. Em Xapuri, o rio estava ontem em 6,72 m (-76 cm de terça para quarta), enquanto em Brasiléia era de 4,42 m (-36 cm), em Sena Madureira era de 11,20 m (-10 cm) e em Assis Brasil era de 2,70 m (-50 cm).