No dia 22 de dezembro de 1988, o líder sindicalista e seringueiro Chico Mendes, que havia completado 44 anos há uma semana, estava nos fundos de sua casa quando foi atingido no peito por tiros. Um crime que marcou a história da luta pela preservação da floresta. A memória do líder seringalista passou a se tornar o símbolo de uma luta pela preservação do meio ambiente e pelos direitos dos povos da floresta, num ícone de ideais e valores que ultrapassou as fronteiras do Acre e percorre o mundo. Por isso, em reconhecimento a sua causa, todos os anos é realizada no Acre a semana Chico Mendes, que vai de 13 a 22 de dezembro com atividades em Rio Branco e Xapuri.
Em coletiva de impressa realizada na manhã dessa sexta-feira, 11, Ângela Mendes, presidente do Comitê Chico Mendes e filha mais velha do seringueiro, apresentou as mudanças e novidades na Semana Chico Mendes 2009. Para esse ano, duas mudanças se tornam marcantes na programação: a transferência da entrega do Prêmio Chico Mendes de Florestania para a cidade de Xapuri, e a participação ativa e integração das pessoas que vivem em comunidades extrativistas e reservas ambientais, principalmente da Reserva Chico Mendes.
O Prêmio Chico Mendes de Florestania, que vem ganhando bastante destaque nos últimos anos, tem objetivo de reconhecer experiências e práticas de desenvolvimento sustenstável. “Nós sentimos que o legado de Chico Mendes está chegando aonde deve chegar, mas ainda temos que trabalhar mais e mais para isso”, disse Ângela Mendes. (Agência Acre)