O diretor-geral do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte (DNIT), Luiz Antonio Pagot, garantiu ao senador Tião Viana (PT-AC) que não haverá congestionamento e nem fechamento do trecho da BR-364 em direção a Rio Branco durante o transporte, no próximo ano, das turbinas e outros grandes equipamentos para a usina hidrelétrica de Jirau, que está sendo construída no vizinho estado de Rondônia.
Segundo Luiz Pagot, o DNIT está aguardando apenas decisão da Casa Civil da Presidência da República para providenciar a reforma da BR-364 que irá incluir os 100 quilômetros de estrada entre a cidade de Porto Velho e o canteiro de obras da usina de Jirau. As grandes usinas hidrelétricas de Jirau e de Santo Antônio, ambas em construção no Rio Madeira, vão gerar energia elétrica equivalente à metade do que produz hoje a usina hidrelétrica de Itaipu. O senador se comprometeu a falar com a Casa Civil para apressar a aprovação da reforma da rodovia.
A reforma da rodovia, de acordo com o diretor do DNIT, deve permitir que nos 100 km entre Porto Velho e o canteiro de Jirau haja espaço para a passagem das grandes carretas de mais de 80 metros sem haver necessidade de parar o trânsito na BR-364. Por trafegarem lentamente, no máximo a 15 km por hora, esse tipo de carreta exige a paralisação do trânsito em rodovias de duas pistas porque os grandes equipamentos que transportam são mais largos do que uma pista de rodovia.
Na audiência com o diretor geral do DNIT, o senador Tião Viana esteve acompanhado do ex-senador Sibá Machado (PT-AC), membro do Conselho Administrativo do Consórcio Energia Sustentável do Brasil, que está construindo e operando a hidrelétrica de Jirau.
Os dois estavam acompanhados do engenheiro Mauro Tersi Teixeira, da Intertechne Consultores, que presta serviço ao consórcio de Jirau e levou ao DNIT a opção da construção de 10 recuos ao longo da rodovia, onde as carretas podem ser estacionadas para dar fluxo ao trânsito da BR-364 em intervalo de uma em uma hora, evitando o fechamento da rodovia.