A prisão do bando fortemente armado que assaltou a lotérica no Bujari vale algumas reflexões. A primeira é que a ação policial foi rápida e eficiente e abre as perspectivas de termos um ano menos violento e com uma maior atuação da polícia.
Vários investimentos foram feitos na área de Segurança Pública e, agora, a população espera o resultado. O combate à criminalidade preventiva dá sempre mais resultado do que a repressiva.
No caso do bando preso, ontem, com a maioria dos membros de fora do Acre fica aquele temor. Será que grupos de bandidos de fora estão vendo no Estado uma oportunidade para realizarem os seus golpes? A gente ainda se lembra do assalto ao Banco do Brasil de Feijó que revelou uma organização criminosa também fortemente armada com forasteiros utilizando logística para realizar o assalto.
O fato é que o Acre tem uma fronteira internacional de mais de três mil quilômetros com os dois maiores produtores de cocaína do mundo: Peru e Bolívia. Por essas zonas fronteiriças também entram no Brasil armas sofisticadas que, por enquanto, tem o destino de outros centros urbanos no Centro-Sul do Brasil. Mas isso pode mudar. Por isso a necessidade da prevenção é muito mais importante do que da repressão. Esperemos que o desfecho do Bujari e de Feijó desanimem organizações criminosas mais sofisticadas a desejarem atuar no Acre.