As consultas aos pacientes com sintomas da dengue já estão na segunda posição do ranking de atendimentos da UPA (Unidade de Pronto Atendimento) do Segundo Distrito de Rio Branco. Por semana são mais de 230 casos atendidos, de média complexidade. A unidade recebe toda a demanda da doença detectada nos postos e centros de saúde, incluindo a UPA do Tucumã.
Já as vítimas do Aedes aegypti que apresentem um estado mais complexo e grave são encaminhados para o Pronto- Socorro, equipado para receber esse tipo de situação. Inaugurada no final do ano passado, a UPA do Segundo Distrito tem uma média de 700 a 800 consultas diárias. Pacientes com doenças intestinais, como diarréia e infecção alimentar, lideram a busca pelos serviços do hospital.
Na UPA, os infectados pela dengue passam por todo o processo de tratamento, desde a medicação até a hidratação. Primeiro é verificado se realmente é dengue ou não, e qual sua classificação: A ou B. “Os que não apresentam gravidade no estado de saúde são orientados a continuar os cuidados em casa, e que retorne 24 horas depois”, explica a médica Ana Bethânia Paiva, gerente de Assistência à Saúde da UPA.
Um suporte que a unidade passou a ter nos últimos dias é a realização de exames sorológicos que detectam a presença do vírus da dengue já no terceiro dia de sintomas. Antes eram necessários oito dias. “Nesse período geralmente o paciente já começava a melhorar, e então fica quase impossível detectar e perdíamos muitos casos”, diz Bethânia.
Além de ajudar no tratamento, o resultado mais rápido serve como base para notificar os registros de dengue, qual o tipo e se há o surgimento de outra variação da anomalia. O NS1, como é chamado o novo exame disponibilizado pelo Ministério da Saúde, também é realizado em outras unidades da cidade. Bethânia não soube informar quantos casos de dengue hemorrágica foram notificados no hospital, “mas já surgiram alguns”.