Uma operação pontual e precisa, realizada pela Polícia Civil, culminou com a prisão de três suspeitos de integrar uma grande quadrilha acusada de praticar assaltos no Acre. Os homens foram capturados no início da noite desta terça-feira, 19, na Rua Mirasol, no Conjunto Ruy Lino e, segundo as investigações, o grupo planejava roubar um caixa eletrônico do Banco do Brasil na cidade de Porto Acre e outro em Rio Branco.
Os três foram presos por policiais do Grupo Antiassalto da Polícia Civil (Gapc) durante ação de cumprimento de mandados de busca e apreensão, assinados pelo juiz Francisco Djalma. Segundo o coordenador da operação policial, delegado Karlesso Nespoli, os acusados estavam em uma casa alugada. “Eles foram flagrados por câmeras de segurança durante um assalto à casa lotérica de Bujari na última sexta-feira, de onde levaram quase R$ 18 mil”, disse Nespoli.
Durante a ação de ontem, os policiais vasculharam a casa dos investigados onde foram encontrados documentos, um carro de origem duvidosa, uniformes similares aos do Exército, rádios de comunicação de longo alcance, compressor de ar, um revólver 38 especial, coletes à prova de balas, oito celulares, 194 cartuchos de pistola 9 mm e 750 munições para fuzil. Os três homens foram levados para a sede do Gapc.
Flávio da Silva Bezerra, 19, natural de Belém de São Francisco (Pernambuco), Ariovaldo Santos de Melo, 28, natural de Manaíra (Paraíba) e Manoel Guimarães Prado, natural de Itamarajú (Bahia). Através de investigações o Gapc prendeu o trio que planejava realizar assaltos em Rio Branco e nos municípios próximos. O grupo, segundo a polícia, é liderado por Ariovaldo. O bando aguardava a chegada de outros quatro integrantes para executar o plano de roubo.
Conforme o delegado Roberth, os assaltantes já tinham efetuado uma compra junto a um peruano, de muita munição, dois fuzis AK-47 e dois fuzis ponto 50 (armas capazes de derrubar um helicóptero). Pelas armas de autoimpacto encontradas, os criminosos teriam pago a quantia de 25 mil dólares.
Em depoimento no Gapc, Ariovaldo disse que tinha negociado os fuzis e que o carregamento chegaria nos próximos dias. As armas seriam entregues pelo estrangeiro que ele identifica como “Peruja”. Ariovaldo garante que o armamento ainda não entrou no Brasil, a polícia mantém as investigações e nesta quarta-feira realiza outras buscas.
O secretário da Polícia Civil, delegado Emylson Farias, destacou o empenho dos policiais do Gapc, que desarticularam a quadrilha. “Isso demostra a dedicação dos nossos policiais. Investigadores, escrivãos e delegados, todos lutando pela manutenção da ordem pública”, destacou.
Emylson Farias lembrou que esse tipo de ação desempenhada pela Polícia Civil se sustenta nos investimentos do Governo do Estado, que possibilitou a direção geral da PC otimizar o trabalho dos policiais em todos níveis. (Assessoria Polícia Civil)