Se as autoridades de Segurança Pública não tomarem providências urgentes, Epitaciolândia, na divisa do Acre com a Bolívia, logo, logo, terá que mudar de nome e passará a se chamar ‘Cracolândia’. Esse latrocínio praticado contra um comerciante boliviano por dois brasileiros é uma amostra dessa realidade.
Não é de agora que a criminalidade, alimentada pelo tráfico e consumo de drogas, vem transformando aquele município fronteiriço em um lugar perigoso. A proximidade com a Bolívia explica essa situação, porém, não a justifica.
Por isso mesmo que as autoridades de Segurança Pública não só do Estado, mas também federais, como da Polícia Federal, o próprio Batalhão de Fronteira, precisam acordar para o problema e montar um plano inteligente de prevenção e combate à criminalidade naquela região vulnerável ao narcotráfico.
E quando se fala em narcotráfico não se entende apenas a entrada da droga pelo lado boliviano, mas o roubo de veículos do lado brasileiro, que servem como moeda de troca, através da qual tantos crimes bárbaros já foram praticados. Um dos mais recentes e cruéis o do professor que foi esfaqueado e enterrado vivo aqui na Capital.
A situação é grave, gravíssima e como tal requer também medidas urgentes e enérgicas.