Com uma pecuária em franca expansão nos últimos anos, o Acre ganha cada vez mais espaço no mercado externo. Já exportando 80% de sua produção, o Estado ganhou em 2010 um cliente gigante. O adjetivo não é à-toa, pois trata-se da China, a economia que mais cresce no mundo e que tem mais de um bilhão de bocas para alimentar. Com quase três milhões de cabeças de gado, a pecuária acrea-na se consolida no Brasil como uma das mais competitivas.
O anúncio do Acre como exportador de carne para a China foi feito na semana passada pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. A autorização só foi concedida após o reconhecimento da pecuária acreana como livre da aftosa pela Organização Mundial de Saúde Animal, OIE na sigla em inglês. Desde 1999, o Estado mantém uma política intensiva para manter o rebanho livre da doença.
Por ano, a pecuária movimenta quase R$ 300 milhões, sendo a principal atividade do setor primário da economia local. Outros 15 estados também estão aptos a abastecer o mercado chinês com a carne brasileira.
Em 2005, a China deixou de adquirir carne bovina do Brasil por conta da presença de focos da febre aftosa no rebanho de Mato Grosso do Sul. Cinco anos depois, Pequim volta a comprar. Com grande parte da produção acreana sendo enviada para outros mercados, tanto interno como externo, a carne nos açougues do Estado já não estão com preços tão acessíveis.
Em dezembro do ano passado, por exemplo, o preço médio do quilo da carne vermelha teve reajuste de 4,92%. Mesmo com as oscilações do mercado, a carne continua a ser um alimento que não pode faltar na mesa da família acreana. A qualidade da carne das fazendas do Acre é reconhecida em todo país. Estados tradicionais na produção, como Rio Grande do Sul, são os destinos do produto.
Com uma pecuária quase nula, o Amazonas é hoje o principal cliente dos frigoríficos instalados aqui.