O prefeito Raimundo Angelim e o secretário municipal de Saúde, Pascal Khalil, estiveram reunidos na manhã de ontem, com padres, freiras, ministros leigos e líderes das principais paróquias da Diocese de Rio Branco. Durante a reunião, realizada no Centro de Treinamento da Diocese na Vila Ivonete, Angelim e Khalil fizeram um relato do número de casos de dengue em Rio Branco, que vive uma epidemia da doença e um apelo aos religiosos para que ajudem o município no combate à doença, conscientizando as comunidades sobre os riscos e, principalmente, sobre a importância da prevenção no combate ao mosquito.
Pesquisas recentes feitas pela Prefeitura de Rio Branco mostram que 92% dos focos do mosquito da dengue encontrados nas residências estão em reservatórios de água, como caixas de água destampadas, tambores, tanques e no lixo, principalmente, em latas e garrafas. As mesmas pesquisas mostram que a maior incidência da doença está no Segundo Distrito e os principais focos distribuídos em pouco mais de 70 bairros da cidade.
Nos últimos anos, a prefeitura vem realizando um intenso trabalho de combate ao mosquito com ações preventivas, mutirões, arrastões e aplicação de larvicida para matar o mosquito, mas, segundo Pascal Khalil, só esse trabalho que foi intensificado em outubro do ano passado, não é suficiente para evitar a proliferação do mosquito.
“A dengue é uma doença que não escolhe ricos nem pobres. Nós temos feito um trabalho diário de combate à doença e controle do mosquito, mas nenhuma ação será completamente eficiente se não contarmos com o apoio da sociedade, da comunidade”, disse o prefeito Angelim.
E é exatamente a necessidade de conscientização da comunidade que tem levado o prefeito Angelim e o secretário Pascal Khalil a realizar reuniões quase que diárias com lideranças comunitárias, dirigentes sindicais, pastores, padres e moradores dos bairros da Capital. Da reunião com padres e lideranças das paróquias da Capital, participaram mais de 100 pessoas.
Por mais de duas horas eles ouviram do prefeito Raimundo Angelim e do secretário Pascal um minucioso relato da situação em cada um dos bairros da cidade e a importância da mobilização das igrejas no processo de combate ao mosquito.
“Nós temos hoje um cenário epidêmico da dengue em Rio Branco e a participação da comunidade no combate à doença é fundamental para obtermos sucesso em nossas ações”, disse o secretário municipal de Saúde, Pascal Khalil.
A meta é controlar a infestação do mosquito aedes aegipty (transmissor da dengue), ao levar os agentes de endemias a visitarem 100% dos 118.947 imóveis públicos e particulares da Capital e mobilizar a sociedade am-pliando a rede de educação em saúde. “E, para isso, a participação da igreja é essen-cial”, destaca Khalil.
O padre Mássimo, um dos coordenadores do movimento católico em Rio Branco disse que já a partir desta semana, em todas as paróquias serão realizados trabalhos de conscientização e de visita às famílias sobre os riscos da doença, além de reuniões semanais sobre a importância dos sintomas e dos cuidados que cada um deve ter para evitar a propagação do mosquito.
“O Evangelho de Jesus Cristo é vida. E, quando combatemos uma epidemia como essa, estamos lutando pela vida. Nós vamos nos unir ao município no combate à doença para que todos possam ser alcançados nas nossas paróquias com informações e assim tenhamos uma maior eficiência no controle da doença”, disse Padre Mássimo. (Ascom PMRB)