O titular da 1ª Vara Criminal de Rio Branco, juiz Francisco Djalma da Silva, atendeu ao pedido de liberdade provisória, formulado pelo advogado Armysson Lee Linhares de Carvalho, e mandou soltar o gerente do Atacadão Rio Branco, Carlos Gilberto Campos de Holanda. Carlos Gilberto estava preso desde o dia 29 de janeiro sob a acusação de participar do assalto que subtraiu R$ 400 mil do armazém onde trabalha.
A prisão de Carlos foi motivada por depoimento prestado por um dos integrantes da quadrilha que efetuou o assalto, segundo o qual, o gerente não teria sido vítima, mas sim era parte integrante do plano de roubo. Ao pedir a soltura do réu, a defesa alegou em juízo que tais fatos estão desvirtuados da realidade e que passadas mais de duas semanas da prisão de Carlos, nada foi provado contra ele.
O Ministério Público se manifestou contra a soltura do acusado, alegando gravidade e repercussão do fato imputado a ele, bem como na impossibilidade de ressarcimento do valor subtraído da vítima. Mas foi o depoimento prestado em juízo pelo proprietário do Atacadão Rio Branco, Francisco Alves Osório, que determinou o convencimento do juiz em favor do réu.
“[…] o referido senhor esteve nesta Unidade Judiciária, onde na presença da diligente promotora de Justiça, doutora Nicole Gonzáles Colombo Arnoldi, disse duvidar do envolvimento do seu funcionário no evento ocorrido na sua empresa”, diz o magistrado em seu despacho. O alvará de soltura em favor de Carlos Gilberto foi expedido na última sexta-feira, 12. Ele agora responderá o processo em liberdade.
O CASO
O assalto ao Atacadão Rio Branco, localizado no bairro Estação Experimental, foi praticado por um grupo de seis homens, na véspera do Ano Novo. Para ter acesso ao estabelecimento, os assaltantes – encapuzados e armados – fizeram o gerente Carlos Gilberto Campos e toda a sua família de reféns. Em seguida, três deles se dirigiram até a empresa, com o gerente rendido, e outros três permaneceram na casa com a esposa e a filha do casal.
Na distribuidora, os assaltantes também renderam o vigia e outras duas pessoas que se encontravam conversando com ele. Com a ajuda de um pé de cabra, arrombaram o cofre e retiraram o dinheiro. Feito isso, a família de Carlos foi liberada. O gerente foi abandonado pelos bandidos, junto com o seu carro, na Via Verde. Cinco suspeitos continuam presos.