Pesquisas recentes feitas pela prefeitura de Rio Branco mostram que 92% dos focos do mosquito da dengue encontrados nas residências estão em reservatórios de água, como caixas de água destampadas, tambores, tanques e no lixo, principalmente, em latas e garrafas. As mesmas pesquisas mostram que a maior incidência da doença está no segundo Distrito e os principais focos distribuídos em 40 bairros da cidade.
A prefeitura vem realizando um intenso trabalho de combate ao mosquito com ações preventivas, mutirões, arrastões e aplicação de larvicida para matar o mosquito, mas só isso ainda não é o suficiente para evitar a proliferação do mosquito.
Por essa razão o prefeito Raimundo Angelim e o secretário municipal de saúde Pascal Kalil têm intensificado as reuniões com lideranças comunitárias, dirigentes sindicais e moradores dos bairros da Capital na conscientização de todos sobre os riscos da doença. Na tarde desta terça-feira, 3, Angelim e Pascal estiveram reunidos com mais de 30 pastores e líderes das principais igrejas evangélicas da Capital em busca de apoio no combate à doença.
“Esse é um momento muito difícil e acredito que todos juntos possamos contribuir para amenizar esse grave problema que afeta a nossa cidade”, salientou o pastor da Igreja Assembleia de Deus, Luiz Gonzaga.
Por mais de duas horas, pastores, líderes e dirigentes de congregações ouviram do prefeito Raimundo Angelim, do secretário Pascal e do assessor especial do prefeito, Pastor Jonas Costa, um minucioso relato da situação em cada um dos bairros da cidade e a importância da mobilização das igrejas no processo de combate ao mosquito.
Associação dos Ministros Evangélicos do Acre (Ameacre), presidida pelo pastor Rodson Souza, da Igreja Batista Liberdade se comprometeu em apoiar a ação, assim como o pastor Luiz Gonzaga, uma das principais lideranças da Assembleia de Deus no Estado e o pastor Roberto Casas, da Comunidade Batista Acreana.
Ficou acertado que os pastores, já a partir desta semana iniciam, nos púlpitos de suas igrejas, nas células e nos cultos domésticos, uma ampla campanha de conscientização de seus membros sobre os riscos da doença e a necessidade de combater os criadouros da dengue em seus quintais.
“A igreja sempre esteve envolvida nas causas sociais, tenho certeza que vamos lograr êxito nessas reuniões. Com o envolvimento de todos os fiéis, vamos conseguir minorar o sofrimento das pessoas que de alguma forma são afetadas pela dengue”, explicou o pastor da Igreja Assembleia de Deus, Jonas Costa.
O grupo também irá realizar uma grande campanha de mobilização na cidade, um dia D de combate à dengue envolvendo a comunidade evangélica e os moradores de todos os bairros da Capital, em parceria com a secretaria Municipal de Saúde (Semsa). A primeira reunião do grupo para a mobilização do evento será realizada amanhã, 4, às 14h na sede da Semsa.
“Nós fazemos a nossa parte e esperamos que todos façam a sua. Afinal a dengue ataca qualquer pessoa independente da classe social ou local onde mora. Nesse sentido, é importantíssimo o envolvimento da comunidade no combate à doença, porque, só assim, será possível afastar esse cenário epidêmico da dengue”, disse o secretário Municipal de Saúde, Pascal Khalil.
A meta é controlar a infestação do mosquito aedes aegipty (transmissor da dengue), ao levar os agentes de endemias a visitarem 100% dos 118.947 imóveis públicos e particulares da capital e mobilizar a sociedade ampliando a rede de educação em saúde. “ E, para isso, a participação da comunidade evangélica é fundamental”, destaca Khalil.
“A igreja cumpre um papel histórico e social relevante na comunidade onde está inserida. Nesse sentido, a reunião de hoje, vem reafirmar o papel de todos nós no combate à dengue”, destacou o pastor da Igreja Batista Liberdade, Rodson Souza.