O deputado Nílson Mourão (PT-AC), em discurso na última quinta feira, no plenário, destacou que as comemorações dos 30 anos do Partido dos Trabalhadores irão se desdobrar até depois do Carnaval, nos dias 18, 19 e 20 deste mês, quando será realizado congresso do partido em Brasília. Segundo o parlamentar, durante o evento serão avaliados os 30 anos do partido, a atual conjuntura brasileira e a preparação para o processo eleitoral.
“São 30 anos de luta neste país, 30 anos de resistência, 30 anos de vitórias, 30 anos de derrotas, alegrias e tristezas. São muitos e muitos anos de angústias. Essa é a nossa história”, lembrou.
Mourão observou que hoje o partido é visto como um exemplo para o mundo. “O PT é estudado, e muitos são os trabalhos acadêmicos. Procurando entender esse fenômeno político que ocorreu na sociedade brasileira, por isso, é um partido respeitado”, avaliou.
Segundo o parlamentar, atualmente o PT tem nos seus quadros 1,3 milhão de filiados, porque o trabalho de base foi construído com muita determinação. “Recordo-me muito bem de três grandes correntes, de três grandes experiências so-ciais do nosso país que lutavam, que resistiam, reuniram-se e deram forma concreta e estrutura histórica a essa instituição que conseguimos construir e lançar, disse.
Uma das correntes, explicou Mourão, era integrada por trabalhadores do movimento sindical moderno, como Luiz Inácio Lula da Silva e outros sindicalistas, sobretudo do setor automobilístico. “Lula liderava, era o exemplo. Era aquele companheiro que mostrava o novo modelo e uma nova forma de fazer sindicalismo no Brasil. Milhares de trabalhadores se identificavam com ele”, afirmou.
A outra corrente observou o parlamentar, era oriunda das experiências das Comunidades Eclesiais de Base, ligadas à Igreja Católica. “Havia muitos bispos, dentre os quais quero destacar o profeta e santo dom Hélder Câmara, simbolizando a teologia da libertação, o qual levantou a bandeira da resistência, do compromisso social dos cristãos, e junto com ele, tanto na zona rural, quanto na cidade, milhões de cristãos assumiam a sua fé nas lutas sociais dentro das Comunidades Eclesiais de Base”, lembrou o deputado.
A terceira corrente destacada por Mourão era formada por políticos dos chamados partidos de esquerda, “muitos dos quais pegaram em armas contra a ditadura militar.
“Assim, há 30 anos, essas três grandes correntes foram os guarda-chuvas que conseguiram se unificar e construir o Partido dos Trabalhadores”, declarou. (Assessoria)