Paralisação é sempre uma medida que não agrada. Reivindicações são bem-vindas e devem ser discutidas, analisadas até que se chegue a um consenso. Mas parar e principalmente uma categoria essencial, como a dos médicos da rede pública, não dá!
Não em um Estado que sofre com a falta de médicos, onde a população que carece dos serviços públicos pena em filas gigantescas e longas esperas. É inconcebível que esses profissionais cruzem os braços.
E ainda mais num momento em que vivemos mais uma epidemia de dengue, com mais de 12 mil casos notificados só nos primeiros meses do ano. Dá arrepio só de imaginar.
Sabe-se que os médicos, muitas vezes, trabalham além do seu limite, sobrecarregados, o que compromete, inclusive, a qualidade do serviço prestado (os pacientes estão aí para comprovar), e precisam ser valorizados. Mas é preciso ter cautela quando o assunto é saúde.
Eles reivindicam, além das questões salariais, melhores condições de trabalho. Então, que se abram os canais de comunicação, evitando o caso extremo de uma greve, que provocará um colapso na Saúde Pública.