O que poderia parecer uma atividade tipicamente escolar ou de ecologistas, o Dia da Água, comemorado ontem, tem tudo a ver com todos os segmentos sociais deste Estado.
Mesmo localizado na Amazônia, com seis meses de chuvas abundantes, há sim motivos para preocupação.
Talvez, nem tanto pelo problema da falta d’água, embora o sistema de abastecimento a domicílios continua deficiente, mas sobretudo pela preservação dos mananciais.
O Rio Acre, por exemplo, que é ainda o principal fornecedor de água não só da Capital Rio Banco, mas de todas as cidades do Vale do Acre, já dá sinais de asfixia pelo alto grau de poluição de todos os tipos. Ou pelo esgoto despejado diretamente em seu leito ou por lixo e até produtos químicos, tóxicos, que escorrem das fazendas para dentro do rio.
O mesmo vale para os inúmeros igarapés que cortam a cidade, que também estão sendo mortos por todo tipo de agentes poluidores.
Na pressa de se construir grandes obras, não se observam os cuidados que se deveria ter com a preservação desses mananciais.
Contudo, o tempo cobrará e já está cobrando por aquilo que não se fizer agora para garantir água de qualidade e em abundância para a cidade.