Medida é uma obediência à lei 10.639 para incluir no currículo oficial da rede de ensino a temática “História e Cultura Afro-Brasileira”
O Centro de Educação do Trabalhador (CET) do SESI deu início esta semana ao circuito de atividades que relatam a história da África. Cerca de 80 alunos se reuniram no auditório da instituição para assistir à palestra da historiadora Almerinda Cunha, que abordou o combate ao racismo, tendo como base a lei federal de número 10.639, que trata da obrigatoriedade da inclusão no currículo oficial da rede de ensino a temática “História e Cultura Afro-Brasileira”.
Apesar de a lei ser de 2003, muitas escolas ainda trabalham sem a metodologia, segundo a historiadora. Não é o caso da Escola SESI e do CET, que anualmente inserem atividades afins no dia-a-dia dos alunos, como o Dia Nacional da Consciência Negra.
“É dessa forma que a escola, seja pública ou particular, deve tratar a temática. A Lei não pede para as escolas criarem a disciplina de História da África e, sim, trabalhar projetos relacionados dentro das disciplinas que já existem”, argumentou a palestrante.
A lei federal especifica que a abordagem deve incluir a História da África e dos Africanos, a luta dos negros no Brasil, a cultura negra brasileira e o negro na formação da sociedade nacional, resgatando a contribuição do povo negro nas áreas social, econômica e política pertinentes à História do Brasil.
Os conteúdos referentes à História e Cultura Afro-Brasileira deverão ser ministrados no âmbito de todo o currículo escolar, em especial nas áreas de Educação Artística e de Literatura e História Brasileira.
A palestra ministrada pela historiadora Almerinda Cunha foi só o início de um circuito que deverá trazer atividades mensais aos alunos do CET e da Escola SESI, segundo a coordenadora pedagógica, Suely Araújo. “Essas atividades deverão atender todos os alunos do ensino fundamental e do ensino médio”, completou.