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Com novos editais, Itaú Cultural lança a versão Rumos 2010 em SP

Qual o papel das empresas privadas no fomento à cultura brasileira? Será o Estado o principal e único responsável por incentivar os trabalhos artísticos na suas mais distintas facetas? Essas e tantas outras questões são debatias dentro do Itaú Cultural, a extensão do maior banco privado do país que tem como missão fortalecer a participação da instituição no fortalecimento do cenário cultural nacional.
Entre um dos mecanismos para esse trabalho está o programa Rumos Itaú Cultural, cuja versão 2010 foi lançada na semana passada em São Paulo. Trata-se de uma ferramenta simples que usa um sistema de seleção de projetos por meio de edital público, e que segue parâmetros e trâmites similares ao de um processo de qualquer lei de incentivo à Cultura patrocinada pelas secretarias de governo em suas distintas esferas. 

Na terça-feira (2) foi realizada a coletiva de imprensa para a apresentação dos editais do Rumos Itaú Cultural, que vão ter validade até 2012. Entre os jornais convidados para o lançamento estava A GAZETA. A principal novidade desta nova edição é a abertura de edital para o Teatro. Durante os 13 anos do Rumos Itaú Cultural, a Dança sempre foi o principal beneficiado dentro das artes cênicas.

Artistas ou grupos artísticos de todo o Brasil (do Oiapoque ao Chuí) podem se inscrever no projeto. Os interessados precisam realizar as inscrições pelo site www.itaucultural.org.br/rumos. O prazo encerra-se no dia 30 de junho. Já para a literatura o tempo é maior: 31 de julho. 

Para o movimento cultural do Acre, essa iniciativa se torna uma ótima oportunidade. Com uma iniciativa privada pequena, o poder público é o principal fomentador da cultura local. O governo todos os anos disponibiliza parte de seu orçamento para financiar os projetos culturais acreanos.

Mas com tantos interessados, muitos acabam por ficar de fora do incentivo. Além disso, a reclamação de critérios políticos na seleção dos artistas contemplados é outra incógnita. Para driblar esse problema, o Rumos Itaú Cultural se transforma numa ótima alternativa. É claro que a concorrência triplica ou quadriplica, já que são projetos de todo o Brasil inscritos.

Do Acre, a banda Los Porongas foi uma das selecionadas na Edição 2009 do Rumos Música. Graças ao projeto o grupo pôde gravar seu primeiro DVD, com direito a tudo o que a produção de uma grande banda pode ter. Além disso, as bandas selecionadas têm a oportunidade de mostrar seu trabalho para todo o Brasil e, assim, quem sabe, alavancar a carreira e sair da garagem.

Nesse caso, cabe ao talento de cada grupo conquistar o público e a crítica. Edson Natale é o gerente do Núcleo de Música do Rumos Itaú Cultural, e um conhecedor do cenário musical do país e, em especial, do Acre. “O Acre é um Estado com músicos e bandas em potencial e que devem mostrar seu trabalho para o Brasil”, convoca ele. Mesmo com um movimento cultural ainda incipiente, o Acre foi citado por várias vezes na coletiva da última semana.

O Itaú Cultural e seu papel no país
Superintendente de Atividades Culturais do Itaú, Eduardo Saron também defende a descentralização da aprovação dos projetos culturais no eixo Rio de Janeiro/São Paulo. Uma das formas para difundir esse trabalho, além da participação de jornais dos quatro cantos do país, é a realização de caravanas nos 27 estados. O Acre receberá a visita da equipe de Gestão Cultural da entidade entre o final de abril e o início de maio.

“Durante os dias que ficamos nas cidades desenvolvemos atividades que têm por objetivo não somente incentivar as inscrições, mas também de fortalecer a cultura ali”, explica Saron. Mesmo usando critérios de seleção semelhantes aos de um edital estatal, a diferença do Rumos Itaú Cultural é que os selecionados não necessitam apresentar papéis e mais papéis de prestação de contas da verba oferecida.

“Aqui o artista gasta seu tempo no que ele sabe fazer de melhor: arte”, diz Saron. A única contrapartida exigida para o Teatro, por exemplo, é que os contemplados mantenham um blog mostrando o trabalho rea-lizado. Além do mais, o grupo realizará uma apresentação, em 2011, no prédio do Itaú Cultural, na capital paulista. Mas, muito mais do que injetar recursos na Cultura brasileira, o Rumos, diz Saron, tem como missão mapear e observar todo o cenário artístico-cultural do país.

“A cada ano os editais precisam receber alguma alteração justamente por mudanças que observamos no quadro da cultura”. Em seus 13 anos de atividades, o Rumos Itaú Cultural já recebeu quase 20 mil projetos. Com seu trabalho, mais de dois milhões de brasileiros tiveram a chance de conhecer o trabalho de artistas talentosos, mas cujo talento muitas vezes não recebe o devido valor.

Por falar em valor, o Rumos Itaú Cultural tem como meta disponibilizar mais de R$ 11 milhões de recursos próprios para financiar os projetos aprovados.

Junto aos benefícios fiscais recebidos pelo banco por meio da Lei Rounet, mais outras receitas, o investimento pode chegar a quase R$ 40 milhões. Ano passado, a verba disponibilizada pela Lei de Incentivo à Cultura da Fundação Elias Mansour chegou a pouco mais de R$ 1 milhão.

Além da Música e do Teatro, o Rumos 2010 selecionará projetos na área de Literatura e Pesquisa Acadêmica.        

 

Negócios da China
Comitiva com 80 empresários acreanos viaja em abril para visitar a maior feira mundial de negócios e uma ZPE

Imagine um lugar que respira negócios, reúne mais de 100 nacionalidades e dá aquela mãozinha para a empresa que busca inserção no mercado internacional. Esse lugar é a Canton Fair, maior feira mundial de negócios, que acontece anualmente em Guangzhou, na China.
A grande novidade da edição 2010 é que ela receberá a comitiva acreana com 80 pessoas, dentre empresários, políticos, executivos e profissionais liberais. O grupo será assessorado pela Baumann, empresa organizadora de missões brasileiras à China.
“Participar de uma feira como essa é conhecer de perto os meios de potencializar nossos negócios. É na China que está concentrada as maiores oportunidades de lançar uma empresa no mercado internacional, tanto como importadora, como exportadora”, argumentou o presidente da Federação das Indústrias do Acre (Fieac), João Francisco Salomão.
Além dos empresários, algumas autoridades acreanas participarão da viagem, como o senador Tião Viana, o vice-governador do Estado, César Messias e o deputado federal, Gladson Cameli.
Os brasileiros saem do país no dia 14 de abril e seguem para Dubai, num vôo que dura mais de 14 horas. Esse, entretanto, será apenas o início de uma viagem longa, que terá seu destino final em Guangzhou, após mais dez horas de vôo.
Na tarde de ontem os diretores do grupo Baumann, cujo diretor executivo é Renato Castro, estiveram reunidos na sede da Fieac com o grupo acreano que vai para a China – justamente para tratar do assunto.
Castro disse que toda a viagem – que para chegar à China leva três dias – pode ser considerada uma verdadeira maratona, mas que no final tem um saldo muito positivo. “Pelo menos 20% das empresas que vão conseguem ser inseridas no mercado internacional”, salienta. Isso, claro, depende da habilidade do empresário.
Ainda de acordo com o diretor, a feira é dividida por setores para facilitar a visitação. Como o espaço é muito grande, com muitos produtos expostos, cada empresário será orientado a visitar apenas a exposição de sua área para não perder o foco.
A empresária de confecção, Iris Tavares, que fará a viagem, conta que está levando grandes expectativas para a China. “Estou indo com visão de negócio, de prospectar oportunidades. Quero ver exposições das grandes marcas, ver o que estão produzindo na alta costura, me inteirar da tecnologia”, destacou. (Ascom Fieac)

 

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