O corpo do taxista Natanael de Oliveira Monteiro, 27 anos, foi encontrado na noite de ontem, dentro de um igapó no Ramal Benfica, Km 4, Rodovia AC-40. O taxista, que estava desaparecido desde a última terça-feira, foi encontrado por uma criança que voltava da escola e sentiu o mau cheiro. O corpo, bastante deformado, apresentava um corte no abdômen e estava com as vísceras expostas.
Natanael desapareceu após sair de casa para trabalhar. Seu veículo foi encontrando incendiado no Ramal Bom Jesus, Rodovia AC-40, e a sua carteira de habilitação foi localizada anteontem no mesmo local em que o corpo estava.
A família acredita que Natanael foi vítima de assalto. “Meu marido não tinha inimigos, vivia para a família e tinha medo de trabalhar à noite, tenho certeza que ele foi assaltado e os bandidos o mataram, caso contrário ele já teria voltado para casa. Não agüentamos mais viver esse pesadelo”, disse Beatriz Cruz de Azevedo, de 24 anos, esposa do taxista, antes do corpo do marido ser encontrado.
O desaparecimento – Natanael Monteiro saiu de casa por volta das 21h de terça-feira, 9, após receber um telefonema de uma pessoa que tinha pressa em encontrá-lo.
Segundo informações da esposa do taxista, ele se preparava para jantar quando o celular tocou e uma pessoa do outro lado da linha pedia que Natanael fosse ao seu encontro. O taxista ainda teria perguntado se não dava para esperar ele jantar, e a pessoa disse não. Em seguida, o taxista se despediu da mulher afirmando que voltaria rápido.
Ainda na madrugada de quarta-feira, 10, a mulher de Natanael ligou para os irmãos dele afirmando que ele não teria retornado do trabalho.
A família ligou para a rádio táxi que Natanael trabalhava, mas ele não respondeu ao chamado via rádio.
Vários taxistas passaram a procurar o veículo de Natanael, enquanto parentes registraram o sumiço do profissional.
Na quinta-feira, 11, moradores do Ramal Bom Jesus, encontraram um carro incendiado e chamaram a polícia, que confirmou ser o táxi que Natanael trabalhava.
Em outro ramal foi encontrado a Carteira Nacional de Habilitação do motorista, distante do local em que o carro foi encontrado cerca de oito quilômetros, o que reforçou a suspeita da polícia e da família de que o taxista tenha sido assassinado.