Poucas vezes neste Estado nesses últimos anos se viu tantos movimentos reivindicatórios de servidores públicos como está acontecendo nas últimas semanas. Ontem, o Centro da cidade parou, coalhou com piquetes grevistas. Alguma coisa está errada, não está batendo.
O que se tem ouvido tanto da parte do governo local como federal é que o Estado e o país navegam em um mar de tranqüilidade e satisfação. Não é o que parece, a julgar por esses movimentos. No Estado, são cerca de dez categorias de servidores estaduais e federais mobilizadas ou já com greves deflagradas.
Vale sempre repetir que se trata de um direito dos trabalhadores reivindicar melhorias salariais ou de condições de trabalho. Como se devem levar em consideração os argumentos do governo. No caso aqui do Estado, as limitações impostas pela Lei de Responsabilidade Fiscal, que estipula percentuais de gastos com a folha de pagamento, que não podem ser ultrapassados.
O que preocupa é que várias dessas categorias prestam serviços essenciais, como Educação e Segurança Pública. A sociedade não pode ficar ao deus-dará, prejudicada na prestação desses serviços. Por isso, a necessidade de se abrir os canais de negociação e agir de um lado e de outro com responsabilidade.