O advogado Armisson Lee Linhares informou ontem, 5, que vai requisitar à juiza Denise Castelo Bomfim, titular da 2ª Vara Criminal de Rio Branco, a reconstituição da morte do preso provisório Magaiver Batista de Souza, ocorrida em dezembro de 2009 dentro da Unidade Penitenciária Antônio Amaro Alves. Lee é responsável pela defesa de três dos seis agentes penitenciários denunciados por tortura pelo Ministério Público Estadual.
Os acusados são: Joel Borges, Leilson Florêncio Gomes, Rosinaldo de Lima Alves, Roney Christian Jerônimo Batista, Arthur de Jesus Nascimento da Silva e Daniel Júlio Ferreira da Mota. O advogado acredita que somente a partir da reconstituição será possível determinar se os agentes estavam ou não na cena do crime.
“A denúncia do MPE é baseada no depoimento de criminosos, que por motivos óbvios tem interesse em incriminar os agentes. Por isso, a reconstituição é fundamental para que a verdade apareça e possamos demonstrar a inocência dos acusados”, disse. O pedido seria entregue ontem junto com a defesa preliminar dos réus.
O CASO – Magaiver era preso provisório. Acusado de estuprar e matar a enteada de três anos de idade no município de Sena Madureira. Foi transferido para Rio Branco por medida de segurança. As autoridades te-miam que o preso fosse morto por colegas de cela da unidade prisional daquela cidade. O que acabou acontecendo, só que dentro do presídio de segurança máxima da Capital. A participação dos agentes penitenciários foi cogitada a partir de depoimentos de presos que estavam no mesmo pavilhão que a vítima. O laudo cadavérico expedido pelo Instituto Médico Legal (IML) também apontou que Magaiver morreu em virtude de traumatismo craniano.