Manifestantes voltaram à frente do Fórum Trabalhista de Rio Branco, ontem, para protestar mais uma vez pela ameaça de fechamento da Cooperativa dos Trabalhadores em Saúde de Rio Branco (Coopersaúde). Eles temem que a Justiça do Trabalho atenda ao pedido feito pelo Ministério Público do Trabalho (MPT) e arbitre pagamento de multa pelo não recolhimento do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) dos últimos três anos.
O processo tramita na 3ª Vara do Trabalho da 14ª Região, seção judiciária de Rio Branco. Ontem foi realizada mais uma audiência, onde deveriam ser produzidas as provas. O presidente da Coopersaúde, Sebastião Braz, disse que está disposto a atender todas as orientações da Justiça para corrigir as eventuais falhas encontradas, de forma que os postos de trabalho sejam mantidos.
A Ação Civil Pública foi proposta em 2001, após uma série de denúncias feitas pela chapa de oposição derrotada em processo eleitoral da entidade. Uma das irregularidades apontadas é ausência de registro dos profissionais em carteira, o que infringiria a Lei de Cooperativas (5.764/71).
Sebastião Braz argumenta que o fim da cooperativa seria catastrófico para as 270 famílias que dependem do seu funcionamento. “São trabalhadores com pouca instrução escolar, muitos analfabetos e com faixa etária acima dos 40 anos. Um grupo que sem dúvida não teria espaço para acolher no competitivo mercado de trabalho”, disse.
O presidente também destacou que a cooperativa sempre fez o seu trabalho de forma clara, limpa e justa. Por isso, ele apela à Justiça do Trabalho para que tenha bom senso e leve em conta na sua decisão os pontos positivos que a Coopersaúde vem trazendo aos seus associados e à cidade, de forma geral.