A família do estudante Fabrício Augusto Souza da Costa, 16 anos, desaparecido desde o dia 16 de março, realizaram na manhã de ontem, 15, uma simpatia usando uma cuia e uma vela colocadas dentro do açude onde os Bombeiros realizam buscas pelo corpo do rapaz.
Segundo a crença popular, onde a cuia parar é o local em que se encontra o corpo debaixo d’água.
A simpatia é comumente usada no interior do Estado e também foi usada nas buscas do estudante que se afogou no Igarapé São Francisco.
“Desde o dia em que Fabrício desapareceu, nossa família iniciou investigação com ajuda de amigos e 90% do que a polícia apurou até agora foi através de informações repassadas por nós. Das pessoas que estão presas, acusadas de envolvimento no desaparecimento do adolescente, foi nossa família quem prendeu e entregou para a polícia os locais que serviram de cativeiro. Até mesmo a adolescente que agora está colaborando com informações foi localizada pela família. Estes últimos dias estamos auxiliando os mergulhadores do Corpo de Bombeiros nas buscas pelo corpo, que supostamente estaria no açude indicado por um dos envolvidos. Agora, estamos usando recursos da crença popular, que também é nossa crença, porque a polícia não trouxe o principal acusado para apontar o local exato em que abandonou o corpo”, desabafou uma tia de Fabrício.
Nesta sexta-feira, 16, completa um mês do desaparecimento do estudante e mais de 15 dias que os acusados foram presos e confessaram o crime, mas não apontam o local onde teriam abandonado o corpo.
No dia 1º deste mês, quando Leonardo Leite, o principal acusado de ser o mentor e executor do seqüestro e morte de Fabrício Costa, foi preso e afirmou que a família nunca velaria o corpo da vítima. Ao que tudo indica a promessa dele está sendo cumprida.