Os encontros entre os partidos de oposição, em Brasília, durante o final de semana, que culminaram com o lançamento da candidatura de Serra (PSDB) à presidência, tiveram reflexos para o Acre. Durante uma reunião entre líderes partidários nacionais ficou definida a chapa majoritária acreana apoiada por oito partidos de oposição com Tião Bocalom (PSDB) para o governo e o deputado federal Sérgio Petecão (PMN-AC) ao Senado. A decisão colocou um ponto final nas especulações em torno de uma possível candidatura a senador de Márcio Bittar (PSDB).
No entanto, o ex-deputado se sentiu magoado com todo o processo de definição de nomes da oposição. “Como sabia que muita gente iria para Brasília eu já havia me antecipado e retirado meu nome da disputa ao Senado. Nas circunstâncias criadas uma candidatura minha teria um preço muito alto”, garantiu. Márcio afirmou ainda que nunca se articulou junto as direções partidárias nacionais para ser o candidato ao Senado. “Foram algumas lideranças nacionais que desejavam a união das oposições para enfrentar a Frente Popular no Acre. Eles achavam que o meu nome seria o mais forte para o Senado”, destacou.
Mas apesar da definição Bittar reclama que tem sido injustiçado por alguns dirigentes partidários de oposição. “Fui julgado e condenado sem direito à defesa”, afirmou. Se sentindo perseguido, por advogar a tese favorável a união com o PMDB, Márcio já avisou que irá provocar uma reunião para analisar a sua pré-candidatura a deputado federal. “Vai chegar o momento que vou precisar saber da direção local do PSDB como eles vêem a minha candidatura a deputado federal. Se continuarem me malhando não tenho como encarar uma candidatura num processo de queimação. Fico pensando como que as pessoas que estão fazendo isso comigo tem moral para criticar o autoritarismo do Governo?” indagou.
Petecão comemora a confirmação da sua candidatura ao Senado
Do outro lado do cenário eleitoral oposicionista o deputado Sérgio Petecão é só alegria. “Creio que a gente possa com muito trabalho ganhar as eleições. Não vejo a FPA elegendo dois senadores. O exemplo está nas eleições de Feijó e de Cruzeiro do Sul onde a oposição ganhou mesmo com menos recursos.
Para a prefeitura de Rio Branco, em 2008, faltou um ponto para a gente levar para o segundo turno. É claro que para tomar a decisão de concorrer ao Senado analisei bem as pesquisas internas. Mas tenho consciência de que a disputa vai ser uma pedreira. O importante, conforme falei para o senador Tião Viana (PT-AC), é manter o nível elevado do debate político no Acre para termos uma eleição que não seja sangrenta e cheia de ódio”, afirmou.
Quanto ao estilo de campanha que pretende adotar, Petecão, profetiza: “vou mostrar que sou o verdadeiro representante do povão. Vou andar pelo Estado com as pessoas. Tem gente que vai achar que pirei de tanto que vou andar. Se ainda tenho dificuldades no Juruá pretendo acampar por lá e mostrar que também serei o senador dos juruaenses. Nunca estive tão animado em toda a minha vida política”, comemora Petecão. O deputado acreano avisa que, em breve, aparecerá em rede nacional de TV no programa Pânico através de uma entrevista que concedeu a Sabrina Sato, durante o lançamento da candidatura Serra.