Nesta quarta-feira Campos encontrou-se em Brasília com lideranças do PSB na Fundação João Mangabeira. A reunião contou com a presença do vice-presidente do partido, Roberto Amaral, do primeiro-secretário Carlos Siqueira e do senador Renato Casagrande (PSB-ES). O partido começou a rascunhar uma carta aberta para justificar a saida de Ciro da corrida eleitoral.
Segundo o iG apurou, o PSB vai cobrar do PT apoio do partido nos Estados. Atualmente, há quatro Estados em que os pré-candidatos do PSB estudam formar aliança com o PSDB, partido de oposição ao governo federal. São os diretórios socialistas de Alagoas, Amazonas, Paraíba e Paraná.
A avaliação do partido é que Ciro errou ao publicar em seu blog uma carta em que critica o partido por articular uma coligação com a candidata do PT. “A pouco mais de 60 dias do prazo final para as convenções partidárias, eu não consigo entender o que quer de mim o meu partido”, escreveu, no dia 15.
Quase uma semana depois da decisão, o senador Renato Casagrande tentou minimizar as declarações de Ciro. “Isso já passou. Não vai influir na decisão sobre a candidadura”, afirmou.
Casagrande, no entanto, fez questão de destacar que Ciro sempre acompanhou as discussões do partido sobre a possibilidade da candidatura própria ou da coligação com Dilma Rousseff.
“As coisas sempre foram discutidas de forma aberta, transparente. Tudo na mesa, com ele participando”, disse Casagrande.
Até o fim do ano passado, o senador do Espírito Santo era o principal defensor no partido da tese de candidatura própria. Isso porque tenta ser candidato ao governo do Estado e, para ele, era importante haver uma chapa presidencial do partido. (IG Brasília)