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Presidente do Conselho Estadual do Idoso cobra maior participação

“Da mesma forma que os pais têm o dever de assistir, criar e educar os filhos menores, os filhos maiores têm o dever de ajudar e amparar os pais na velhice, carência ou enfermidade”, destacou no seu discurso de posse o novo presidente do Conselho Estadual dos Direitos do Idoso, Ismael da Cunha Neto. A solenidade aconteceu ontem à noite no auditório do Sebrae/Centro, em Rio Branco.

Ismael da Cunha Neto, 64 anos, é advogado, casado há 45 anos com Aninha Valle, tem três filhos, oito netos e um bisneto. Nasceu em Rio Branco, onde fixou residência e vive até hoje. Por conta da profissão foi indicado como representante da Ordem dos Advogados do Brasil, Seccional Acre, para integrar o referido conselho.

Foi vice-presidente por duas vezes e agora chega à presidência cobrando uma maior participação da família nas ações voltadas à assistência da pessoa idosa. “É dever da família, bem como do Estado e da sociedade, amparar as pessoas idosas, assegurando sua participação na comunidade, defendendo sua dignidade e bem-estar e garantindo-lhe o direito à vida”, disse Ismael.

Ele defende também que os programas de amparo aos idosos sejam executados, preferencialmente, em seus lares. Mas para que isso seja possível, diz ele, é necessária uma ampla participação popular, envolvendo todos os órgãos envolvidos na defesa do idoso.

Segundo Ismael, o Conselho Estadual dos Direitos do Idoso tem caráter permanente, com reuniões ordinárias mensais, durante as quais são tomadas decisões acerca das políticas voltadas à população idosa. É composto por dez entidades governamentais e dez não governamentais.

Entre os parceiros estão envolvidas as organizações representativas da sociedade, à exemplo da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Casa da Amizade, Serviço Social do Comércio (Sesc), Pastoral da Pessoa Idosa e Lar dos Vicentinos.

O novo presidente tem planos ousados para o biênio 2010/2011. Além de cumprir o regimento interno da instituição, ele quer fortalecer as parcerias e baixar normas e resoluções necessárias à regulamentação e implantação da política estadual dos direitos do idoso. A criação de comissões temáticas e a convocação da Conferência Esta-dual dos Direitos da Pessoa Idosa também fazem parte da sua plataforma de trabalho.

O futuro
De acordo com os últimos levantamentos, a população de idosos cresceu em média 21% nos últimos 100 anos. A previsão é que até 2050 essa população atinja dois bilhões de pessoas. Ismael acredita que o Estado, a família e a sociedade de uma forma em geral não estão preparados para esta mudança.

“A responsabilidade pelo atendimento e respeito ao idoso envolve tanto a família quanto os poderes público, isto é, os poderes Legislativo, Executivo e o Judi-ciário”, reforça.

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