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Grata surpresa

A observadores mais atentos começam a surpreender algumas declarações de dirigentes e candidatos, pregando a volta dos princípios éticos na política e da identidade de seus partidos, como foram em suas origens. Uma grata surpresa, diga-se.

Um desses casos foi o do ex-governador Jorge Viana que, em entrevista a este jornal, usou uma expressão forte – “bacanal político” – para caracterizar as alianças espúrias que estão sendo pactuadas pelo Brasil afora com vistas às eleições de outubro.

Sabe-se que quando se trata de ganhar eleições ou da busca pelo poder, tudo ou quase tudo é permitido. Até pensadores, a começar pelo mais célebre deles, Maquiavel, desenvolveram doutrinas a respeito, como a dos meios que justificam o fim.

Contudo, é de se exigir um mínimo de dignidade ou de coerência com os princípios da ética, de modo especial, de partidos e de seus dirigentes que surgiram para mudar as práticas nocivas da política tradicional.

Ou se faz e se luta pelo resgate desses princípios éticos e progra-máticos ou tudo cai na vala comum. Já não se distingue mais quem é quem no espectro político e tudo se nivela na mediocridade, quando não da bandalheira.

 

 

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