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Morte lenta

A cada ano o problema se agrava e este não está sendo diferente. Técnicos do Saerb estão novamente preocupados com o baixo nível do Rio Acre e já admitem em ter que usar um plano de contingência para garantir o abastecimento d’água na Capital.

Com efeito, a preocupação é pertinente, mas é preciso que se analise o problema a partir das verdadeiras causas e não apenas atribuindo à estiagem ou ao chamado “verão amazônico”.

O que se vem observando ao longo das últimas décadas é que o desmatamento das matas ciliares e a falta de saneamento básico, jogando todo tipo de esgotos e lixo nas margens e no leito, vêm decretando a morte lenta do Rio Acre.

A derrubada da floresta para a implantação de fazendas ou mesmo da agricultura de subsistência foi o primeiro golpe. Em seguida, na ânsia de fazer grandes obras, sem dar o destino devido ao esgotamento das águas e do lixo, acabou por acelerar o processo.

A menos que se tomem medidas urgentes e até mesmo drásticas para combater essas causas, a Capital e outras sedes de município abastecidas pelo rio terão sérios problemas num futuro bem próximo. Para um estado que se quer modelo de desenvolvimento sustentável será um péssimo indicador.

 

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